Apesar de terem confirmado presença na sessão da CPI do Ecad que aconteceria na tarde desta quinta-feira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o presidente da Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus), Roberto Mello, e a presidente da Sociedade Administradora de Direito de Execução Musical do Brasil (Sadembra), Fátima Leão, não compareceram ao local para prestar depoimento.
– Esta é a segunda vez que os dois dizem que vêm e não vêm. Na semana retrasada, foi a mesma coisa – diz o deputado estadual André Lazaroni, presidente da CPI. – É um desrespeito à comissão e, para mim, demonstra que há, sim, algo que tentam esconder. Para a sessão da próxima quinta-feira, vou solicitar que os dois sejam conduzidos pela polícia. Como estão em São Paulo, posso acionar a polícia de lá ou mandar um camburão daqui para pegá-los. Eles não vão mais nos enrolar.
Procurada pelo GLOBO, Fátima Leão disse que está em turnê por Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Piauí e São Paulo até o dia 25 de novembro e que não deixará seus shows para “testemunhar sobre algo que pouco sabe” – Ela diz que assumiu a presidência da Sadembra há dois meses.
– Se o presidente da CPI pagar o valor do meu show, que custa R$ 30 mil, eu paro tudo e vou lá. Caso contrário, não – enfatiza.
Procurado pela reportagem, Roberto Mello informou por meio de nota que enviou um ofício ao Deputado André Lazaroni, comunicando a impossibilidade de comparecimento na data de hoje devido a compromissos profissionais e reiterou sua plena disponibilidade de atender a convocação em outra data.
Desde o início de agosto, a CPI do Ecad investiga na Alerj o descontrole administrativo da entidade de gestão privada que arrecada e paga os direitos autorais de todos os músicos do país. A Abramus e a Sadembra são duas das nove associações de músicos que compõem esse escritório. A primeira é efetiva (com direito a voto na assembleia geral), e a segunda, administrada (sem direito a voto).
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