Afresco (português brasileiro) ou fresco (português europeu) é o nome dado a uma obra pictórica feita sobre parede, com base de gesso ou argamassa. Assume, frequentemente a forma de mural.
A palavra afresco é empregada, muitas vezes, para designar a pintura mural em geral. Do italiano “buona fresco”, pintura mural mais antiga e resistente da história da arte, que representa para a pintura contemporânea, o que representa o latim para as línguas neolatinas. Trata-se de uma pintura com pigmentos à base de água, feita sobre argamassa ainda fresca de cal queimada e areia. Seu conhecimento se justifica pela sua resistência ao tempo e também pelo retorno ao estudo das origens da arte, conseqüência de um longo período de procura estilística desenvolvido pelos contemporâneos.
Técnica
Esta técnica, Afresco derivado de buona fresco(boa nova em italiano), era conhecida e utilizada por gregos e romanos, sendo que velhas crônicas informam sobre decorações em afresco na Pinacoteca da Acrópole de Atenas, executadas por Polignoto de Tasso (séc. V a.C.), tendo como tema os afrescos de Lesche. São ainda conhecidos os pintores Apeles e (séc. IV a.C.) que se utilizaram da mesma técnica. Estas pinturas são somente conhecidas por informações escritas. As pinturas remanescentes de afrescos antigos são as de Pompeia e Herculano, que estiveram muito tempo sob a lava do Vesúvio. Sobre estes afrescos, crê-se terem havido retoques feitos a seco, em “fresco seco” e encáustica.
Afrescos de todas as épocas podem ser admirados na Itália e vários deles são obras primas da arte ocidental. Mestres da arte medieval, renascentista e barroca empregaram este médium (meio). Os mais célebres são Giotto (1266/7-1337), Masaccio (1401-28), Fra Angelico (1387-1455), Piero della Francesca (1410/20-1492), Luca Signorelli (1441/50-1523), Miguel Ângelo (1475-1564), Rafael (1483-1520), Pietro da Cortona (1596-1669) e Giovanni Tiepolo (1696-1770). As etapas do afresco são a preparação do suporte, a preparação e a colocação do arriciatto e do intonaco, os métodos de transferência do estudo para o intonaco, a pintura do afresco e criação da camada de cristalização.
Definição
Técnica de pintura mural, executada sobre uma base de gesso ou nata de cal ainda úmida – por isso o nome derivado da expressão italiana fresco, de mesmo significado no português – na qual o artista deve aplicar pigmentos puros diluídos somente em água. Dessa forma, as cores penetram no revestimento e, ao secarem, passam a integrar a superfície em que foram aplicadas. O suporte pode ser parede, muro ou teto e a durabilidade do trabalho é maior em regiões secas, pois a umidade pode provocar rachaduras na parede e danificar a pintura. O termo também é usado para designar a pintura feita dessa maneira, normalmente em igrejas e edifícios públicos, e ocupando grandes extensões.