Para comemorar a data, o espaço oferece entrada gratuita aos visitantes e uma programação especial. Maior museu de arte da América Latina, com 35 mil metros quadrados, dos quais 17 mil são dedicados a áreas expositivas, o MON quintuplicou de tamanho nos últimos anos e conta hoje com 14 mil obras de arte.
O Museu Oscar Niemeyer (MON) completa 20 anos nesta terça-feira (22) e, para comemorar a data, o espaço oferece entrada gratuita aos visitantes e uma programação especial, com ações realizadas até o fim do ano, entre exposições de artistas internacionais e lançamento de novos catálogos. O público pode conferir as atrações até às 18h.
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o MON é uma referência a nível nacional e mundial. “Essa é uma casa do povo paranaense e um grande marco para o Paraná, além de uma referência incontestável no País e no mundo. São 20 anos de uma obra de arte que abriga muitas outras obras ricas em diversidade e beleza. E tem DNA paranaense”, destacou o governador.
O secretário da Comunicação Social e da Cultura do Paraná, João Evaristo Debiasi enfatizou que, ao longo desses 20 anos, o museu conquistou um acervo fundamental para a preservação da cultura da América do Sul.
“Em 20 anos de história, como ator vivo da cultura, escreveu um importante capítulo nas artes da América do Sul, com a criação de um acervo respeitadíssimo e de exposições celebradas. Temos que comemorar essa data, vislumbrando um futuro ainda mais espetacular para esse museu que já alcançou estatura internacional entre as instituições”, destacou.
ATRAÇÕES – Atualmente, o público pode visitar as exposições em cartaz: “Afinidades II – Elas!”; “Poty, Entre Dois Mundos”; “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses (Colonialismo)”; “Sou Patrono”; “Fora das Sombras: Novas Gerações do Feminino na Arte Contemporânea”; “Recortes de um Lugar”; “Luz e Espaço”; “Grid”; “Bancos Indígenas do Brasil”; “África, Expressões Artísticas de um Continente” e “O Mundo Mágico dos Ningyos”, além do “Espaço Niemeyer”, “Pátio das Esculturas” e “Cones”.
Um dos destaques na programação de aniversário é a instalação da obra “Terzo Paradiso”, a abertura da exposição do escultor espanhol Jaume Plensa que, entre outros trabalhos icônicos, é o criador da Fonte Crown, no Millennium Park de Chicago; do projeto “Museu Fora das Paredes”, no parque do MON; lançamento de três novos catálogos de exposições recentes do MON: Ascânio MMM, Orlando Azevedo e Rodrigo Andrade; e ainda o novo catálogo do acervo do MON.
“Para fazer parte das comemorações de 20 anos do MON, buscamos uma ação que mostrasse união, reencontro e celebração, especialmente após o difícil período de pandemia”, explicou a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika. “Chegamos ao momento de uma grande manifestação de paz e sustentabilidade, por meio da arte”.
TRAJETÓRIA – Maior museu de arte da América Latina, com 35 mil metros quadrados, dos quais 17 mil são dedicados a áreas expositivas, o MON quintuplicou de tamanho nos últimos anos e conta hoje com 14 mil obras de arte, além de receber aproximadamente 380 mil visitantes anuais.
Somente em março deste ano, o museu incorporou a maior coleção já doada à instituição: aproximadamente 4,5 mil obras assinadas por Poty Lazzarotto (1924 – 1998). São mais de 3 mil desenhos e 366 gravuras, além de tapeçarias, entalhes, serigrafias e esculturas, entre outros.
Nos últimos anos a instituição já havia recebido em doação aproximadamente 3 mil obras de arte asiática. Em 2021, as mesmas credenciais fizeram com que o museu recebesse a doação de uma das mais importantes e significativas coleções de arte africana contemporânea, com aproximadamente 1.700 obras, oriunda da Coleção Ivani e Jorge Yunes (CIJY), de São Paulo.
De 2003 ao fim de 2021, o MON calcula ter recebido quase 4 milhões de visitantes em 388 exposições. Um dos recordes de visitantes foi registrado em março deste ano, quando 4.288 pessoas estiveram no museu no mesmo dia. Uma das mostras mais visitadas foi “OSGEMEOS: Segredos”, vista por 160 mil pessoas.
Além disso, em 2019, o MON registrou recorde de público presencial: 377.737 visitantes. Também naquele ano, o último antes da pandemia, outros números expressivos foram registrados, como 83.426 atendimentos realizados pelo setor Educativo do Museu, responsável por mediações, oficinas e programas específicos.
O MON também promoveu várias outras importantes exposições, como “Ai Weiwei Raiz”, em 2019; “Fernando Velloso por ele mesmo”; “Japonésia, de Naoki Ishikawa”, numa parceria institucional do MON com a Japan House São Paulo (JHSP); “Schwanke, uma Poética Labiríntica”; “A Travessia do Desastre, de François Andes”; “Mens Rea: A Cartografia do Mistério”, de Mac Adams; “Forma e Matéria”, de Claudia Moreira Salles; e “O Labirinto da Luz”, de Orlando Azevedo.
EXPANSÃO – A abrangência do MON tem alcançado outras regiões do Estado, levando o acervo para fora da instituição. Recentemente, houve projetos de itinerância para vários municípios paranaenses. Como exemplo, o MON levou a exposição “Artigas, nos Pormenores um Universo” a Ponta Grossa (Campos Gerais) e “O Mundo Mágico dos Ningyos” a Irati (Centro-Sul).
O museu também fez a itinerância da exposição “Estruturas e Valores – Antonio Arney”, no Centro de Artes Iracema Trinco Ribeiro, em Guarapuava (Centro-Sul), e emprestou 15 obras para exposições no Masp (Museu de Arte de São Paulo), Instituto Tomie Ohtake, Museu Paranaense e Galeria Simões de Assis.
Em 2022, foi inaugurada uma plataforma avançada em Cascavel (Oeste), com 180 obras africanas do acervo do MON, no Teatro Municipal Sefrin Filho. É um novo recorte da exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”, promovida pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), extrapolando as paredes do Museu e levando a arte para outros locais do Paraná.
ESTRUTURA – A parte do museu conhecida como “Olho” foi construída depois do prédio que abriga a maior parte das exposições. Primeiro, em 1967, Oscar Niemeyer projetou o prédio branco, com um vão livre. O objetivo era que ali funcionasse o Instituto de Educação do Paraná, o que acabou não acontecendo.
Em 1978, o edifício foi inaugurado e funcionava como Secretaria do Estado. Anos depois, em 2002, foi inaugurado o “Olho”, também projetado pelo arquiteto. Os dois edifícios seguem um modelo de arquitetura modernista.
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