O cantor e compositor Roberto Carlos surpreendeu os jornalistas que participaram de sua entrevista coletiva neste domingo (17), no Rio de Janeiro. Em meio a um balanço do projeto Emoções em Alto Mar – uma série de shows realizadas há 15 anos em cruzeiros com o transatlântico Costa Favolosa –, o “Rei” aproveitou para alfinetar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Roberto, de 77 anos, apareceu na entrevista trajando uma camisa cor de rosa, embora não esconda sua predileção pelo azul. Foi uma resposta indireta à pastora evangélica Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo Bolsonaro.
Em 2 de janeiro, ao tomar posse na pasta, Damares anunciou tempos de retrocesso: “É uma nova era no Brasil: menino veste azul e menina veste rosa (…). O Estado é laico, mas esta ministra é terrivelmente cristã”.
Na coletiva deste domingo, quando uma jornalista lhe questionou sobre o novo visual, Roberto Carlos cutucou a ministra. “Estou tentando fugir um pouco do azul porque já estava enjoando”, brincou o artista, que depois emendou: “E estou vestindo rosa, claro, porque me garanto muito como homem”.
Em outra parte da entrevista, perguntaram qual a opinião de Roberto sobre a medida do governo federal que facilita o acesso e o porte de armas de fogo. O decreto assinado em janeiro correspondeu a uma das mais inconsequentes e demagógicas promessas de campanha de Bolsonaro.
Roberto não escondeu que concorda com o direito ao porte, mas criticou a flexibilização. “Logicamente, para se ter uma arma, é preciso critérios muito rígidos, severos”, opinou.
Segundo Roberto, seu pai tinha uma arma em casa, mas a deixava trancada em uma gaveta e jamais cogitou usá-la. O próprio “Rei”, porém, não pensa em adquirir uma arma para si mesmo.
Da Redação, com agências
Faça um comentário