Rádio Brasil Cultura “História Hoje”11/04: Saiba mais sobre o protagonismo político de Ana Jansen no Maranhão

carruagem

Ana Jansen era filha de Vicente Albuquerque e Rosa Maria Jansen Müller. Foi uma rica proprietária de terras e imóveis, Ativista Política e dos Movimentos Sociais. Descendente da nobreza europeia, sua família se instalou na Província de São Luís do Maranhão.

 

Ainda adolescente, teve um filho de um desconhecido e foi expulsa de casa pelo pai com o filho recém-nascido. E após grandes dificuldades, torna-se amante por muitos anos do rico coronel Isidoro Rodrigues Pereira. Depois que ele ficou viúvo casou-se com Ana. Com o militar, ela teve seis filhos.

 

Ela, que tinha um tino comercial notável, multiplicou a fortuna do marido. Com a morte do coronel, Ana, então com 38 anos, transformou-se na poderosa “Donana, a rainha do Maranhão”. Firmou-se como uma das maiores produtoras de algodão e cana-de-açúcar do Império, além de possuir o maior número de escravos da região.

 

Conta-se que ela fazia os escravos distribuírem água pela cidade, cobrando pelo serviço, quando já existiam métodos mais modernos. Ao tentar implantar um sistema de distribuição para a água, Donana tanto fez que levou o sistema à falência.

 

Política habilidosa, costurava acordos nos bastidores e chegou a financiar os exércitos do duque de Caxias durante a Balaiada, revolta que ocorreu no Maranhão.

 

Perseverante e ambiciosa, Ana transforma o dinheiro em poder e assume a liderança política da cidade, reativando o partido liberal Bem-te-vi. Na época era um escândalo uma mulher envolvida com a política, mas ela queria ter posse dos poderes públicos e lutar por seus direitos de exercer a cidadania.

 

Viveu com outro homem com quem teve quatro filhos. Casou-se novamente aos 60 anos com um rico comerciante paraense.

 

Era voz corrente, então, que ela cometia as mais bárbaras atrocidades contra seus numerosos escravos, submetendo-os a suplícios e torturas.

 

A família de Ana Jansem garante que tudo é intriga da oposição porque naquela época uma mulher não podia ter o mesmo poder de mando que um homem.

 

Até hoje existe uma lenda na qual, nas noites escuras de quinta para sexta-feira, uma assombrosa carruagem passa em desenfreada correria pelas ruas de São Luís com DonAna, penando, sem perdão, pelos pecados e atrocidades em vida cometidos.

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História Hoje : Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira.

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