Apesar do fato de que todos os governadores recém eleitos na última eleição já tomaram posse e iniciaram o seu trabalho, em alguns dos estados brasileiros, ainda continua indefinida a situação da pasta da secretaria da cultura, que em geral é sempre uma das últimas a ser definida.
Estados como Espírito Santo, Santa Catarina, Paraíba e Paraná ainda não apresentaram seu novo secretário de estado, e no caso do Amazonas, o governador já declarou que define se mantém ou não o atual secretário, somente lá pelo mês de março.
No estado do Mato Grosso a situação para a Cultura é ainda mais delicada, pois o recém eleito André Puccineli não só destituiu o Secretário de Cultura, como também retirou da pasta o status de Secretária, fato também que se repete no estado de Goiás, que possui uma Agencia Goiana de Cultura e não uma Secretaria.
Nos grandes centros, no entanto a situação já está confirmada, pela importância da Cultura no plano de governo destes estados.
São Paulo apresentou como novo secretário de Cultura o Economista João Sayad, Doutor pela Universidade de Yale e que entre muitas outras funções já foi Ministro do Planejamento. Já o estado do Rio de Janeiro colocou no cargo o seu vice-governador, Luiz Paulo Conde e em Minas Gerais, o Governador Aécio Neves, manteve a Secretária Eleonor Santa Rosa que continua o brilhante trabalho de implantação do Fundo Estadual e de interiorização das políticas públicas para a Cultura.
Situação no Paraná
Aqui no Paraná, o Governador Roberto Requião ainda não deu nenhuma indicação de qual é sua verdadeira intenção ou proposta para a pasta da Cultura. Apesar da permanência da atual Secretária Vera Mussi estar praticamente descartada (recentemente algumas manifestações contrárias a sua atuação comprometeram seu trabalho) alguns nomes estão sendo especulados pela mídia.
Muita já se cogitou sobre a ida de Rafael Greca para a Secretária, bem como o Deputado Ângelo Vanhoni do PT, no entanto ambos já manifestaram falta de disposição em assumir tal pasta.
Um dos nomes mais consolidados pelo apoio que vem recebendo de grupos e movimentos é do Advogado e Compositor Cláudio Ribeiro, que conta com apoio declarado do PC do B e de entidades como UPE / União Paraense do Estudantes, Fórum de Música do Paraná e outras entidades.
Além disso, Cláudio goza da simpatia de muitos intelectuais e produtores da área, como Luiz Carlos Prestes Filho (filho de Luiz Carlos Prestes) que nesta semana encaminhou pessoalmente carta de apoio onde o pesquisador apresentou razões para seu apoio partindo de seus próprios estudos e preocupações, já que ao analisar a cadeia produtiva e as oportunidades, por exemplo, para micro e pequenas empresas, o comprometimento do Estado com a cultura e suas manifestações, Ribeiro poderá funcionar como oxigênio, favorecendo a atuação dos produtores culturais e facilitando o entendimento do ciclo sócio – econômico que a arte e a cultura movimentam.
Para o pesquisador, a nomeação de Cláudio Ribeiro, atende as manifestações vindas da área artística paranaense e, também será importante para as micro e pequenas empresas do Paraná que, de posse das informações estratégicas que uma política cultural de novo tipo a ser desenvolvida no estado poderão produzir materiais e serviços para atender às demandas da economia da cultura, inclusive às necessidades das grandes empresas, o que pode ajudar a dinamizar o segmento e potencializar os negócios gerando trabalho e renda.
Outros nomes como Hamilton Pereira, Presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Meira, antropólogo, coordenador no MinC da organização do Sistema Nacional de Cultura e Glauber Piva, Secretário Nacional de Cultura do PT já manifestaram apoio a Cláudio Ribeiro, assim como Hélvio Tamoio, Coordenador da FUNARTE de São Paulo que responde pelo Sul e Sudeste, Ana Buarque de Hollanda, irmã de Chico Buarque e também ligada a MPB e, que até está semana respondia pela Direção de Música da FUNARTE.
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