O Brasil poderá contar a partir de outubro com uma universidade aberta na área de museologia. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), José Nascimento Junior, a intenção é capacitar profissionais de todo o país que já trabalham em museus, mas sem formação específica. Haverá cursos de pós-graduação e de curta duração transmitidos por aulas virtuais ou presenciais, em Brasília.
“Nossa meta é fazer inventários dos acervos e conscientizar os museus para a importância de aplicar o plano de segurança nacional que elaboramos. Quanto aos investimentos, passamos de R$ 25 milhões em 2003 para os atuais R$ 120 milhões anuais”, disse.
Ele acredita que o aumento de recursos influencia diretamente o crescimento no número de vistantes, que passou de 15 para 33 milhões de pessoas. Mesmo com a ampliação do acesso, os museus ainda estão concentrados no Sudeste do país. O Norte e o Centro-Oeste são as regiões mais carentes de museus e centros culturais.
“Existe uma concentração histórica de instituições culturais no litoral. Para rompermos com isso estamos buscando apoiar museus que querem ser federalizados ou criados nas outras regiões”, explicou Nascimento. Além disso, foram criados pontos de memória em áreas carentes, como a cidade Estrutural, em Brasília, e o Morro Pavão-Pavãozinho, no Rio de Janeiro.
O Ibram cuida de 28 museus ligados diretamente ao Ministério da Cultura e também é responsável pela Política Nacional de Museus, que orienta os 2.870 museus brasileiros. O instituto foi criado em 2009, mesmo ano da aprovação do Estatuto dos Museus.
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