Edison Arantes do Nascimento. Pelé é considerado o maior jogador da história do futebol e recebeu o título de Atleta do Século (20), em 15 de maio de 1981, a partir de uma eleição promovida pelo jornal francês “L’Equipe”.
Nascido na cidade mineira de Três Corações, filho de Celeste e de João Ramos do Nascimento, jogador de futebol no sul de Minas Gerais, conhecido como Dondinho, Pelé desde criança manifestou a vontade de ser jogador de futebol como o pai.
O apelido com que se tornou conhecido originou-se de um episódio relacionado a um goleiro, colega de Dondinho. Em 1943, o pai de Pelé jogava no time mineiro do São Lourenço. Pelé, com apenas tinha três anos, ficou impressionado com as defesas do goleiro da equipe e gritava: “Defende Bilé”. As pessoas próximas começaram a chamá-lo de “Bilé”, mas as crianças entenderam o apelido como “Pelé”.
Em 1945, a família mudou-se para Bauru, interior de São Paulo. Com dez anos Pelé já jogava em um time infanto-juvenis como o Canto do Rio, Ameriquinha e Baquinhos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a vender produtos em entrada de cinema e praças. Pelé trabalhava como engraxate.
Descoberto aos 11 anos pelo jogador Waldemar de Brito, foi convidado a jogar no Bauru Atlético Clube. O mesmo Waldemar o apresentou à Vila Belmiro no dia 8 de agosto de 1956 dizendo: “Esse menino vai ser o melhor jogador de futebol do mundo”. Assim começou a carreira de Pelé no Santos F.C., estreando em uma partida amistosa cujo resultado foi Santos 7 x 1Corinthians de Santo André (com um gol de Pelé).
Aos 16 anos, participou de um torneio de quatro equipes européias e brasileiras. O time em que atuou foi um combinado do Santos e do Vasco da Gama e, em uma das partidas, Pelé fez três gols.
Sua consagração veio na Copa do Mundo da Suécia, em 1958, quando o Brasil foi pela primeira vez campeão mundial. Pelé marcou seis gols. Na Copa do Chile, em 1962, Pelé sofreu uma distensão muscular no jogo contra a Tchecoslováquia e deu adeus ao torneio, deixando Garrincha brilhar.
Pelé participou ainda da Copa de 1966, na Inglaterra, e da Copa de 1970 no México, quando a seleção trouxe para o Brasil a taça Jules Rimet. Apelidado de “O Rei” pela imprensa francesa, em 1961, criou e aperfeiçoou jogadas que encantaram o mundo: o chute a gol do meio do campo, a tabela nas pernas do adversário, o drible sem bola no goleiro, a paradinha na cobrança do pênalti.
Em 1966, Pelé casou-se com Rosemeri Cholbi, com quem teve três filhos: Kelly Cristina, Edson (Edinho) e Jennifer. Em 1969, em meio a guerra civil no Congo Belga, as forças rivais declararam uma trégua para que Pelé e o time do Santos F.C. transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville.
Marco
O milésimo gol foi marcado em 19 de novembro de 1969, às 23h11, em sua 909º partida, Vasco da Gama 1 x 2 Santos. Ao ser cercado pelos repórteres, Pelé disse: “Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas”. Pelé vestiu uma camisa de número 1000 e deu a volta olímpica no Maracanã.
Pelé participou de 115 partidas pela seleção brasileira (92 oficiais), marcando 103 gols. O último jogo pela seleção foi no Maracanã, em 18 de julho de 1971, Brasil 2 x 2 Iugoslávia.
Professor de Educação Física pela Faculdade de Educação Física de Santos (Universidade Metropolitana de Santos), fez a última partida pelo Santos em 3 de outubro de 1974: Santos 2×0 Ponte Preta.
Transferiu-se para o New York Cosmos em 1975, fechando a maior transação do futebol até o fim dos anos 1970 (US$ 7 milhões). A última partida pelo time americano foi: New York Cosmos 2 x 1 Santos, no Giants Stadium (Nova York), em 1 de outubro de 1977. Pelé atuou um tempo por cada equipe. Sua despedida definitiva do futebol deu-se aos 37 anos.
No início dos anos 1990, reconheceu duas filhas fora do seu casamento: Flávia Kurtz e Sandra Regina. Em 1994 casou-se com a psicóloga Assíria Lemos, com quem teve os gêmeos Joshua e Celeste.
Depois que pendurou as chuteiras número 39, Pelé se tornou embaixador para Ecologia e Meio ambiente (ONU 1992), embaixador da Boa Vontade (UNESCO 1993), embaixador para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco 1994) e durante o governo de Fernando Henrique Cardoso foi Ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998.
Pelé recebeu, em 1997, o título de Sir-Cavaleiro Honorário do Império Britânico, das mãos da Rainha Elizabeth 2ª. O título de Maior Futebolista do Século veio em 1999, pela Unicef, na Áustria, e seguiram-se muitos outros.
Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, à frente do craque argentino Diego Maradona.
Além de jogador de futebol, Pelé gravou CDs e participou em 10 filmes
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