A maior expectativa para aqueles que atuam no setor cultural do Paraná diz respeito a Secretaria de Estado da Cultura. Quais serão as mudanças que virão no novo governo de Beto Richa?
Cultura, hoje, é um segmento cada vez mais importante para o desenvolvimento integrado das sociedades, e para o crescimento econômico propriamente dito.
A sociedade industrial, com seu perfil de alto consumo de matérias-primas e de energia, e de emprego relativamente extensivo de uma mão-de-obra treinada para tarefas repetitivas e fragmentadas, está com seus dias contados. No mundo do futuro, o principal valor agregado dos produtos será a inteligência, a criatividade; os empregos irão requerer sempre mais versatilidade, capacidade de reunir e filtrar informações, lidar com situações novas, interpretar códigos e linguagens em permanente transformação.
A cultura, nesse novo cenário, comparece tanto como importante segmento produtor e empregador nas áreas de bens e serviços (indústrias culturais, lazer e turismo cultural, valor simbólico agregado a outros serviços e mercadorias, como vestuário, móveis, arquitetura, etc.), quanto como setor capaz de qualificar a nova mão-de-obra requerida pela economia ‘quaternária’.
Para um estado como o Paraná, com pressa de acertar o passo (perdeu-se muito tempo nos últimos anos) com as grandes transformações do nosso tempo, nosso riquíssimo capital cultural – a diversidade e a criatividade do nosso povo, as diversas tradições que aqui coexistem harmoniosamente e se fecundam mutuamente – é um dos elementos mais positivos com que contamos para alavancar o grande salto que nossa marcha para o futuro requer.
O jornalista Paulino Viapiana é militante da cultura e militante da política é bem preparado para a função. Não medira esforços, para redirecionar a Secretaria de Cultura em função de seus novos conceitos, planos e objetivos, no contexto do novo projeto estadual. Com sua gestão, a Secretaria ganhará muito em visibilidade, provocando um redespertar do debate sobre política cultural no estado. Mas adverte: neste momento, que esta nova visibilidade da cultura paranaense só terá conseqüência se ela, de fato, se desdobrar e se traduzir em ação.
Currículo:
Jornalista pós-graduado em Marketing. Foi diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo, diretor de Comunicação e Relações Institucionais na TIM Celular Sul, coordenador de Marketing na Secretaria de Estado da Comunicação Social e assessor de Comunicação e Marketing da Telepar. É presidente da Fundação Cultural de Curitiba. Nasceu em Antônio Prado (RS), tem 50 anos.
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