Pandemia: cultura revirada em todo o mundo

Festivais ganharam novas datas e a lista de atividades culturais canceladas ou adiadas só aumenta

Um dia antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar pandemia do novo Coronavírus, a organização do Lolapalloza Brasil havia divulgado a programação do festival, marcado para os dias 3, 4 e 5 de abril, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

 

Mesmo em meio ao surto que se alastrava mundo afora, a divulgação oficial das atrações do maior festival de música do País confirmava Guns N’ Roses, The Strokes, Djonga, Emicida e Pabllo Vittar entre outras dezenas de nomes na programação do evento. Ao contrário das edições do evento na Argentina e no Chile, ambos adiados para o segundo semestre, a versão brasileira do festival permanecia em silêncio até o fechamento desta edição. A ideia de remarcação do evento no Brasil ganha cada vez mais força ao observar o que tem ocorrido pelo País e pelo mundo.

 

 

Adiados

O impacto do Coronavírus na cultura já levou a adiamentos e cancelamentos de shows, festivais e programações diversas em todo o mundo, a exemplo de eventos de peso como o Coachella e o Ultra Music Festival, ambos nos Estados Unidos. No Brasil, o tradicional Festival de Curitiba, previsto para março e abril, foi remarcado para setembro; e a turnê dos mineiros do Jota Quest – EuroTour2020, que passaria por sete países do continente europeu, foi cancelada.

 

Os desdobramentos do surto da doença ainda devem repercutir em outras opções de entretenimento, a exemplo do cinema, ao menos em se tratando de algumas estreias, brasileiras inclusive, como “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, sobre o caso Von Richthofen, e gravações de filmes – Tom Hanks e a mulher, Rita Wilson, foram diagnosticados com Covid-19, contraído durante filmagens na Austrália para um longa, ainda sem nome, sobre Elvis Presley; e o sétimo longa de “Missão Impossível” também teve as gravações interrompidas, na Itália.

 

Sem plateia

No Brasil, os “alvos” mais recentes têm sido os programas televisivos com plateia, numa tentativa de evitar aglomeração de pessoas e, dessa forma, minimizar os efeitos da doença.“Nossa plateia está com o número menor de visitantes. Foi uma medida de segurança adotada nos Estúdios Globo, exatamente para que a gente diminua o contato entre as pessoas. Normalmente, recebemos 120 pessoas. Hoje, esse número foi reduzido pela metade”.

 

Foi assim que a apresentadora Fátima Bernardes abriu o programa “Encontro” de ontem, na emissora que cogita retirar integralmente a plateia do Big Brother Brasil 2020 para as próximas eliminações do reality, que acontecem sempre às terças-feiras. Assim como o BBB, outros programas globais devem ter restrições de público: atrações como Domingão do Faustão, Caldeirão do Huck e o The Voice Kids podem aderir às medidas da emissora.

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