Ouça “História Hoje” 27/06: Conheça a trajetória da anarquista e feminista Emma Goldman

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Em 27 de junho de 1869, nascia, na Lituânia, Emma Goldman. Anarquista e feminista, ficou conhecida por seus artigos e conferências públicas e políticas que reuniam milhares de pessoas nos Estados Unidos.

Apresentação Gláucia Gomes

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Goldman tornou-se uma renomada ensaísta da filosofia anarquista, escrevendo artigos anticapitalistas sobre a emancipação da mulher, os problemas sociais e a luta sindical.

 

Teve papel fundamental no desenvolvimento do anarquismo na América do Norte na primeira metade do século 20.

 

Emma Goldman (Kaunas, 27 de junho de 1869 — Toronto, 14 de maio de 1940) foi uma anarquista lituana, conhecida por seu ativismo, seus escritos políticos e conferências que reuniam milhares de pessoas nos Estados Unidos. Teve um papel fundamental no desenvolvimento do anarquismo na América do Norte na primeira metade do século XX.

 

História

Emma Goldman e a fraseGoldman nasceu em Kovno (atual Kaunas), na Lituânia – que era, então, parte do Império Russo. Emigrou para os Estados Unidos em 1885 e viveu em Nova Iorque, onde conheceu e passou a fazer parte do florescente movimento anarquista. Atraída pelo anarquismo após a Revolta de Haymarket, Goldman tornou-se uma renomada ensaísta de filosofia anarquista e escritora, escrevendo artigos anticapitalistas bem como sobre a emancipação da mulher, problemas sociais e a luta sindical. Ela e o escritor anarquista Alexander Berkman, seu amante e companheiro por toda vida, planejaram assassinar Henry Clay Frick como uma ação de propaganda pelo ato. Embora Frick tenha sobrevivido ao atentado, Berkman foi sentenciado a vinte e dois anos na cadeia. Goldman foi presa várias vezes nos anos que se seguiram, por “incentivar motins” e ilegalmente distribuir informações sobre contracepção. Em 1906, Goldman fundou o jornal anarquista Mother Earth (Mãe Terra).

 

Em 1917, Goldman e Berkman foram sentenciados a dois anos na cadeia por conspirarem para “induzir pessoas a não se alistarem” no serviço militar obrigatório, que havia sido recentemente instituído nos Estados Unidos. Depois de serem soltos da prisão, foram novamente presos – junto com centenas de outros progressistas – sendo deportados para a Rússia. Inicialmente simpatizantes da Revolução Bolchevique daquele país, Goldman rapidamente expressou sua oposição ao uso de violência dos sovietes e à repressão das vozes independentes. Em 1923, ela escreveu sobre suas experiências entre os bolcheviques, dando forma ao livro Minha Desilusão na Rússia (My Disillusionment in Russia). Enquanto viveu em Inglaterra, Canadá e França escreveu uma autobiografia chamada Vivendo Minha Vida (Living My Life). Com o início da Guerra Civil Espanhola, em 1936, Emma, já com mais de 60 anos, viajou até a Espanha para apoiar a Revolução Anarquista.

Durante sua vida, Goldman foi celebrada por seus admiradores, como uma livre pensadora e “mulher rebelde”, e achincalhada pelos adversários, como sendo defensora de assassinatos políticos e revoluções violentas. Seus escritos e conferências abrangeram uma variedade de assuntos, incluindo o sistema prisional, ateísmo, liberdade de expressão, militarismo, capitalismo, casamento e emancipação das mulheres. Também desenvolveu novas formas de incorporar políticas de gênero no anarquismo. Emma Goldman faleceu na cidade de Toronto, no Canadá em 14 de Maio de 1940.

 

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História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira.

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