Ouça “História Hoje” 19/07: Pedra de Roseta decifrou enigma dos hieróglifos

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Em 1799, durante uma expedição militar do então general Napoleão Bonaparte, no Egito, foi encontrado um bloco de basalto negro retangular com inscrições antigas.

Apresentação Dilson Santa Fé

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A Pedra de Roseta, como foi chamada, continha fragmentos de passagens escritas em três idiomas diferentes: o grego, os hieróglifos egípcios e o demótico egípcio.

 

A Pedra de Roseta é considerada a chave que resolveu o enigma dos hieróglifos, uma linguagem desaparecida há quase 2 mil anos.

 

 

O decifrador do enigma das pirâmides

image003Em 1799, soldados do exército de Napoleão encontraram, próximo ao Rio Nilo, em um lugar chamado Roseta (Rashid, em árabe, próximo à cidade de Alexandria), um grande bloco de granito negro. Nele  estava gravado um mesmo texto em três tipos de escrita: hieróglifos do estilo monumental, em estilo cursivo (escrita demótica) e em grego. O monumento ficou conhecido como Pedra de Roseta.

Não se sabe quem a escreveu, mas ali estava a chave para decifrar os mistérios das pirâmides, perdidos há muitos séculos. O grego era uma língua bem conhecida, ao contrário dos hieróglifos. Então, a partir da pedra, a tradução tornou-se possível. Mas não foi tão fácil, porque se sabia pouquíssimo sobre o funcionamento da escrita do Egito Antigo.

ChampollionO médico britânico Thomas Young estudou o assunto durante 20 anos. Mas o mérito final da completa realização da tradução, em 1822, pertence ao francês Jean-François Champollion.  Assim se iniciou a ciência de estudo de assuntos referentes ao Egito, a Egiptologia.

Nascido na França em 1790, desde muito jovem, Champollion mostrou um grande interesse pelo estudo das línguas orientais e, aos 16 anos, já conhecia hebraico, árabe, persa, árabe, chinês e várias outras línguas asiáticas. Ele concluiu que o copta, a língua falada pelos cristãos egípcios contemporâneos, correspondia ao último estágio da antiga língua egípcia.

“É um sistema complexo, uma escrita ao mesmo tempo figurativa, simbólica e fonética, em um mesmo texto, uma mesma frase, eu diria praticamente na mesma palavra”, escreveu Champollin, na sua Gramática.

Os hieróglifos foram utilizados no Egito por um período longo – do fim do quarto milênio antes de Cristo até o fim do século V da nossa era (mais de três mil anos), mas desde as fases  iniciais já apresentava versões simplificadas, como o demótico.

A Pedra de Roseta, que contém um decreto do rei egípcio Ptolomeu V, de 196 a.C.,  pode ser admirada  atualmente no Museu Britânico em Londres.

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História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira.

 

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