No dia 10 de novembro de 1619 o francês René Descartes teve uma revelação em sonho de um novo sistema matemático e científico.
Apresentação José Carlos Andrade
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Ficou conhecido pelo seu trabalho que revolucionou a filosofia e a ciência, mas também teve reconhecimento na matemática por sugerir a fusão da álgebra com a geometria, fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que leva o seu nome,
O pensador francês René Descartes é chamado o pai da filosofia moderna (o estudo do universo e do lugar do homem no mesmo). René Descartes, também conhecido como Cartesius, foi um filósofo e um matemático francês. Notabilizou-se sobretudo pelo seu trabalho revolucionário da Filosofia, tendo também sido famoso por ser o inventor do sistema de coordenadas cartesianas, que influenciou o desenvolvimento do cálculo moderno. Descartes, por vezes chamado o fundador da filosofia moderna e o pai da matemática moderna, é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da história humana. Ele inspirou os seus contemporâneos e gerações de filósofos. Na opinião de alguns comentadores, ele iniciou a formação daquilo a que hoje se chama de Racionalismo continental (supostamente em oposição à escola que predominava nas ilhas britânicas, o Empirismo), posição filosófica dos séculos XVII e XVIII na Europa. Outros autores não vêem então uma grande oposição entre o “Racionalismo continental” do século XVIII e o empirismo. O grande cisma teria início com Hegel, que partiu da posição de Kant onde havia já alguns sinais de Idealismo, mas ainda uma base racional que não se desviava muito da tradição empírica Inglesa. A leitura de Hume foi um ponto fulcral na obra de Kant, até então sem qualquer texto relevante publicado. Kant disse mesmo que Hume o despertou de um “sono dogmático”. Descartes nasceu em La Haye, Indre-et-Loire, França. Com oito anos, ingressou no Colégio Jesuíta Royal Henry-Le-Grand em La Flèche. Tinha bastante liberdade e era apreciado pelos professores, mas declarou no Discurso Sobre o Método decepção com o ensino escolástico. Depois, seguiu seus estudos na Universidade de Poitiers, graduando com Baccalauréat e Licença em Direito em 1616. Contanto, Descartes nunca exerceu o direito, e em 1618 alistou-se no exército do Príncipe Maurício de Nassau, com a intenção de seguir carreira militar. Mas se declarava menos um ator do que um espectador: antes ouvinte numa escola de guerra do que verdadeiro militar. Conheceu então Isaac Beeckman, e compôs um pequeno tratado sobre música intitulado Compendium Musicae. É nessa época também que escreve Larvatus prodeo (Eu caminho mascarado). Em 1619, viajou até a Alemanha e no dia 10 de Novembro teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. Em 1622, ele retornou a França e passou os seguintes anos em Paris a algumas outras partes da Europa. Em 1628, ele compôs as Regulae ad directionem ingenii (Regras para a Direção do Espírito), e partiu para os Países Baixos, onde viveu até 1649, mas mudando de endereço frequentemente. Em 1629 começou a trabalhar em Tratado do Mundo, uma obra de física, que deveria defender a tese do heliocentrismo, mas em 1633, quando Galileu foi condenado, Descartes abandonou seus planos de publicá-lo. Em 1635, a filha ilegítima de Descartes, Francine, nasceu. Ela foi batizada no dia 7 de Agosto de 1635. Sua morte em 1640 foi um grande baque para o Descartes. Em 1637, ele publicou três pequenos resumos de sua obra científica: A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria mas é o prefácio dessas obras que continua sendo lido até hoje: o Discurso Sobre o Método. Em 1641, aparece sua obra mais conhecida: as Meditações Sobre a Filosofia Primeira, com os primeiros seis conjuntos de Objeções e Respostas. Os autores das objeções são: do primeiro conjunto, o téologo holandês Johan de Kater; do segundo, Mersene; do terceiro, Thomas Hobbes; do quarto, Arnauld; do quinto, Pierre Gassendi; e do sexto conjunto, Mersene. Em 1642, a segunda edição das Meditações incluía uma sétima objeção, feita pelo jesuíta Pierre Bourdin, seguida de uma Carta a Dinet. Em 1643, a filosofia Cartesiana foi condenada pela Universidade de Utrecht, e Descartes começou sua longa correspondência com a Princesa Elizabeth de Bohemia. Descartes publicou Os Princípios de Filosofia, uma espécie de manual cartesiano, e faz uma visita rápida a França em 1644, onde encontra o embaixador da frança junto à corte sueca, Chanut, que o põe em contato com a rainha Cristina. Em 1647 ele foi premiado com uma pensão pelo Rei da França e começou a trabalhar na Descrição do Corpo Humano. Ele entrevistou Frans Burman em Egmond-Binnen em 1648, resultando na Conversa com Burman. Em 1649 ele foi a Suécia a convite da Rainha Christina, e suas Tratado das Paixões, que ele dedicou a Princesa Elizabete, foram publicados. René Descartes morreu de pneumonia no dia 11 de Fevereiro, 1650 em Estocolmo, Suécia, onde ele estava trabalhando como professor a convite da Rainha. Acostumado a trabalhar na cama até meio-dia, sua saúde por ter sofrido com as demandas da Rainha Christina – começavam seus estudos às 5 da manhã. Como um católico num país protestante, ele foi enterrado num cemitério de crianças não batizadas, em Adolf Fredrikskyrkan em Estocolmo. Depois, seus restos foram levados para a França e enterrados na Igreja de São Genevieve-du-Mont em Paris. Um memorial construído no século XVIII permanece na igreja sueca. Durante a Revolução Francesa seus restos foram desenterrados para irem ao Panthéon, ao lado de outros grandes pensadores franceses. A vila no vale Loire onde ele nasceu foi renomeada La Haye – Descartes. Em 1667, depois de sua morte, a Igreja Católica Romana colocou suas obras no Índice de Livros Proibidos. Pensamento Descartes é considerado o primeiro filósofo “moderno”. Sua contribuição à epistemologia é essencial, assim como às ciências naturais por ter estabelecido um método que ajudou o seu desenvolvimento. Descartes criou, em suas obras Discurso sobre o método e Meditações – ambas escritas no vernáculo, ao invés do latim tradicional dos trabalhos de filosofia – as bases da ciência contemporânea. O método cartesiano consiste no Ceticismo Metodológico – duvida-se de cada idéia que pode ser duvidada.
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