Em 1964 um grupo de universitários da cidade de Niterói, filiado ao Partido Comunista Brasileiro, criou uma ala que se auto denominou como Dissidência do Rio de Janeiro. Com os anos, a dissidência tomou corpo e virou o MR8 em memória ao dia em que Che Guevara foi capturado, na Bolívia, em oito de outubro de 1967.
Apresentação Márcia Dias
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A organização, que atuava como um grupo de guerrilha urbana, se tornou mundialmente famosa por sua atuação no sequestro do embaixador norte-americano no Brasil, Charles Elbrick. O sequestro, ocorrido em setembro de 1969, foi realizado em conjunto com a Ação Libertadora Nacional, de São Paulo.
No rastro do sequestro do embaixador, os integrantes do grupo foram duramente perseguidos, resultando na morte e prisão de muitos militantes, o que levou à quase extinção da organização.
Apesar da repressão radical, as operações armadas do MR-8, com ações a bancos e supermercados, prosseguiram no Rio de Janeiro. Militava no MR-8 Iara Iavelberg, então companheira do ex-capitão Carlos Lamarca.
Em 1971, com a desarticulação da Vanguarda Popular Revolucionária, da qual Lamarca era dirigente, o MR-8 passou a contar com a militância desse líder guerrilheiro.
Com as mortes de Lamarca no interior da Bahia e de Iara em Salvador ainda em 1971, a maioria dos militantes do MR8 se retirou para o Chile.
O grupo foi reestruturado posteriormente com outras orientações. A preferência por ações armadas deu lugar à atuação política, e o MR8 foi abrigado no MDB.
O MR8 continua atuando até hoje junto a diversas organizações políticas, nos sindicatos de trabalhadores e nos movimentos estudantis.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira.
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