Nobel de Literatura: canadense Alice Munro fica com prêmio

A canadense Alice Munro é a vencedora do Nobel da Literatura 2013, anunciado hoje (10) em Estocolmo, no aniversário da morte do industrial sueco e criador do prêmio, Alfred Nobel.
A premiação, no valor de 8 milhões de coroas suecas (925 mil euros) foi anunciada pela Academia de Ciências Sueca, na parte baixa de Estocolmo.

Alice Munro nasceu em Wingham, Ontário, em julho de 1931. Viveu primeiro numa quinta a oeste dessa zona, numa época de depressão económica. Conheceu muito jovem Michael Munro, na Universidade de Western Ontario. Exercia trabalhos manuais para manter os estudos. Casaram em 1951, e instalaram-se em Vancouver. Tiveram três filhas, em 1963 mudaram-se para Victoria, onde trabalharam numa livraria. O casal divorciou-se em 1972, e Alice regressou à sua província natal, sendo escritora-residente na sua antiga universidade.

Voltou a casar-se em 1976, com Gerald Fremlin. A partir daí consolidou a carreira de escritora, que tinha iniciado jovem com crónicas (desde 1950). Munro reconheceu a influência na sua obra de grandes escritoras, como Katherine Anne Porter, Flannery O’Connor, Carson McCullers ou Eudora Welty, bem como de James Agee e especialmente William Maxwell. Os seus relatos centram-se nas relações humanas analisadas através da lente da vida quotidiana. Por isso, e pela sua qualidade, tem sido chamada “a Chekov do Canadá”.

Em The View from Castle Rock, de 2006, fez um balanço da história da sua família, que emigrou para o Canadá, e descreveu as dificuldades que os seus pais tiveram.

Alice Munro foi entrevistada pela célebre The Paris Review em 1994. Foi por três vezes vencedora do prémio de ficção literária «Governor General’s Literary Awards», do seu país. Em 1998 Alice Munro foi premiada pelo National Book Critics Circle dos Estados Unidos, pela obra O amor de uma mulher generosa.

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