O novo trabalho de João Bosco faz o recente debate sobre a morte da canção parecer algo desde já superado, como uma discussão que serviu de incremento crítica musical no Brasil, mas que já não serve como paradigma para se pensar o futuro.
É o álbum de um grande cantor, com domínio total da técnica, emoção na medida certa, um timbre pleno de brilho, áspero e cortante em sua doçura, cuja suavidade é mais uma de suas experimentações. .
É o disco de um grande instrumetista,ele mesmo uma escola do violão brasileiro, como, cada um a seu modo, João Gilberto, Baden Powell e Gilberto Gil. É o disco de um grande compositor, dono de uma linguagem própria, na qual as invenções melódicas e harmônicas soam simultaneamente espontâneas e requintadíssimas. A soma dos três criou sua história própria no vasto quadro da canção brasileira, e ganha agora, com Não vou pro céu mas já não vivo no chão, um acréscimo entusiasmador.
Teatro Rival Petrobras (472 lugares) – Rua Álvaro Alvim, 33/37 – Cinelândia. Tel. 2524-1666.
5 a 7 de Janeiro de 2012 – Quinta a sábado, às 19h30. R$ 60,00 (inteira). R$ 50,00 (os 100 primeiros pagantes). R$ 30,00 (meia). Classificação: 16 anos. Site do Teatro Rival: www.rivalpetrobras.com.br
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