O ator Paulo Silvino morreu na manhã desta quinta-feira, aos 78 anos, no Rio de Janeiro. O integrante do humorístico Zorra lutava contra um câncer no estômago.
PAULO SILVINO
Humorista, cantor e escritor, Paulo Silvino iniciou a carreira no rádio. Na Globo, tornou-se conhecido com bordões em programas como Faça Humor, Não Faça Guerra (1970), Satiricom (1973), Planeta dos Homens (1976) e Zorra Total (1999).
TRAJETÓRIA
“Ser comediante nasceu por acaso. Talvez seja pela minha desfaçatez, porque eu nunca tive inibição de máquina. Tenho tranquilidade com a câmera e tive vantagem em televisão por isso. O riso dos cinegrafistas é o meu termômetro”.
Paulo-Silvino-em-Grupo-Escolacho_-1988-geraldo-modesto-memoria-globo.jpgPaulo Silvino em Grupo Escolacho, 1988. Geraldo Modesto/Memória Globo
Paulo Silvino cresceu nas coxias do teatro e nos bastidores da rádio. Isso porque seu pai, o comediante Silvério Silvino Neto, conhecido por realizar paródias de figuras públicas no Brasil dos anos 1940 e 1950, levava o menino para acompanhar seu trabalho. Paulo Silvino também mostrava talento para a música, revelado durante as aulas que tinha com a mãe, a pianista e professora Noêmia Campos Silvino. “Eu nasci nisso. Com seis, sete anos de idade, frequentava os teatros de revista nos quais o papai participava. Ele contracenava com pessoas que vieram a ser meus colegas depois, como o Costinha, a Dercy Gonçalves.”
Autor de bordões que não saem da boca do povo, Paulo iniciou a carreira no rádio, mas já nos anos 1960 se juntou ao elenco da TV Rio. Entre idas e vindas na Globo, estrelou Balança Mas Não Cai (1968) e teve destaque nos programas humorísticos Faça Humor, Não Faça Guerra (1970), Uau, a Companhia (1972), Satiricom (1973), Planeta dos Homens (1976), e Viva o Gordo (1981). Em Zorra Total (1999), seu personagem Severino (que analisa “cara e crachá”) se tornou popular.
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