Morreu nesta terça (21) aos 73 anos o músico, compositor, poeta, pintor, escultor, pescador e parte da história cultural de Curitiba. Ele estava em tratamento contra um câncer. ele tinha passado por uma cirurgia recentemente e estava internado.
Tatára era músico, compositor, além de grande incentivador da cena autoral de Curitiba, com o Bar do Tatára, e a muito conhecida segunda autoral.
Conheci através de seu irmão que era amigo de meu pai o velho Ribeiro. Éramos jovens e sonhadores. A música e a pescaria, nos aproximou. Muito antes da Velha Adega ou o Bar do Tatara. A gente se falava todas as semanas. As nossas ligações, geralmente, ou eram para falar de trabalho no Bar ou eram para dar muita risada de tudo, risada da vida, risada das nossas histórias de pescarias e boemia. Tatara, cujo nome de batismo é João Gilberto, era considerado um dos principais músicos de Curitiba. Participamos juntos de vários movimentos musicais e literários. Movimento Paiol, Parafernalia, Paraná de Todos os Cantos, Musicanossa e ainda na década des 70 e 80.
Com mais de 800 músicas compostas e dois discos gravados, “Jogo de Espelhos” e “Águas do Futuro”, este último em parceria com o inseparável multi-instrumentista Romano Nunes Cabelo, Tatára sempre quis ver e lutou por ter músicos curitibanos participando efetivamente do cenário musical brasileiro.
Cláudio Ribeiro, Marcos Cordiolli, João Gilberto Tatara e Raymundo Rolim
A sua morte deixa uma dor que nada pode curar, mas a nossa amizade deixa lembranças que ninguém pode apagar. E eu pergunto: Porque um anzol espetado no dedo dói bem menos que um coração em pedaços com a partida de um amigo?
Cláudio Ribeiro
Jornalista – Compositor
Eu tive o prazer em ter o conhecido também ter feito som e Luz pra ele e toda a sua turma de amigos músicos que estavam presentes no Auditório Antônio Carlos Kraide. Pois pra mim é meu colega de trabalho que também e Técnico de som e Luz foi muito produtivo.