Reinoldo Atem, declaradamente curitibano, nasceu em 1950, no Piauí, e se destacou por sua poesia que capturava uma Curitiba sem os delírios de modernidade.
Curitiba se despede de Reinoldo Atem, um poeta que, embora nascido no Piauí em 1950, se considerava curitibano de coração. Atem morou também em Londrina e em São Paulo, mas foi em Curitiba que sua poesia encontrou seu verdadeiro lar. Sua obra, marcada por poemas longos e bem articulados, rejeitava a modernidade superficial, revelando um profundo domínio da macroestrutura da linguagem.
Atem publicou a novela “1971, no Auge da Repressão” pela Editora Beija-Flor em 1978, reeditada em 2014. Além disso, foi um dos fundadores e editores das revistas “Outras Palavras” (1978) e “Zé Blue” (1980). Participou de diversas coletâneas, incluindo “4 Poetas” (1976) e “Assim Escrevem os Paranaenses” (1977), e era uma presença constante no Bar do Cardoso, onde se reunia com importantes figuras da intelectualidade paranaense, como : Paulo Lemiski, José Angeli, Cláudio Cambé, Batista do Pilar, Thadeu Wojciechowski, Rogerio Dias, Luna, Cláudio Ribeiro, Ivo Rodrigues, Wilson Bueno, Cabelo. Sua perda deixa uma lacuna irreparável na cultura curitibana e brasileira.
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