Mazza completa 80 anos

mazzaNo dia 10 de fevereiro de 1931 nascia um dos nomes mais importantes do jornalismo paranaense. E por que não dizer o mais importante? Luiz Geraldo Mazza. Este é o nome. Ou como muitos já disseram ainda na década de 1960, ”Esse é o cara”. O colunista de Política da Folha de Londrina completa 80 anos de vida e, este ano, também completa seis décadas de jornalismo.

 

Casado com Lucy, sua fiel companheira desde de 1955, Mazza teve três filhos: Grace Maria (também jornalista), Liana Mara e Sérgio Luiz.

 

Em plena atividade, Mazza começa sua rotina por volta das 7h30, quando se prepara para sua primeira jornada de trabalho como comentarista na Rádio CBN. Após dar uma pausa para o almoço, segue rumo à FOLHA onde escreve a coluna diária que leva seu nome.

Mazza começou sua carreira como jornalista escrevendo para o jornal O Estado do Paraná, na década de 1950. Anos depois, foi vítima do primeiro Ato Institucional, decretado pelo Golpe Militar. Por conta disso, ficou sem trabalhar para jornais de 1964 a 1970. O fim desse castigo deu-se quando foi contratado para trabalhar na FOLHA, onde ficou até 1981 e para onde voltou em 1992 e está até hoje.

 

Também em 1970, Mazza foi para o mundo eletrônico do jornalismo, ao ser contratado pelo então Canal 12 para fazer comentários esportivos. Logo na sequência, assumiu o posto de diretor de redação. ”Sempre gostei demais do que faço, chegou vezes de trabalhar em até quatro lugares ao mesmo tempo”, diz ele.

 

Mesmo formado em Direito, nunca exerceu a função. Sobre o jornalismo de hoje, Mazza observa mudanças nas redações. ”Não há mais aquela bagunça que existia antigamente, que todo mundo falava alto e ao mesmo tempo. Havia espaço para se expressar. Hoje o que vemos são grandes escritórios modernizados”, opina. Mas ele ressalta que faz questão de estar nas redações, em contato com a juventude. ”Hoje vejo jovens jornalistas com um potencial incrível e estar perto deles me traz muita energia.”

 

Para o colega de profissão Aroldo Murá Haygert, Mazza é um ”mal necessário” para a sociedade. ”Ele dá coice, briga com o mundo, mas é um idealista. É uma consciência viva que temos entre nós.” Haygert publicou no ano passado, em seu livro Vozes do Paraná, um capítulo inteiro sobre Mazza.

 

Mesmo tendo escrito algumas antologias e ensaios, o aniversariante do dia é bastante cobrado para escrever um livro. Ele confessa que tem uma rotina já estabelecida, mas que pensa, sim, em escrever talvez algo com relatos históricos.

 

Colegas fazem festa

 

A organização do coquetel que comemora os 80 anos de Mazza e as seis décadas de sua dedicação ao jornalismo está sob a capitania do também jornalista Jaime Lechinski. O evento será às 20 horas, na Sociedade Garibaldi, no Largo da Ordem, em Curitiba. Os convites estão sendo vendidos no Sindicato dos Jornalistas e o telefone é (41) 3224-9296.

 

Segundo Lechinski, a ideia surgiu um ano atrás, quando estava em seu carro e ouviu no rádio que Mazza estava completando 79 anos. ”A cabeça dele é uma enciclopédia. Tive a honra de começar a minha carreira na mesma redação que ele, em 1973, na Folha de Londrina”, diz.

 

Para a jornalista Miriam Karam, também envolvida nas comemorações, Mazza é um símbolo do jornalismo. ”Ele fala mal quando tem de falar e tem humildade ao conversar com as pessoas, não faz distinção”, declara ela.

por Adriana Franco, via Folha de Londrina

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