Ritmo autêntico que marca a história e a cultura do país tem sua importância oficialmente reconhecida pelo Estado brasileiro após sanção de projeto aprovado no Congresso
Um dos ritmos mais queridos e populares do Brasil agora é oficialmente reconhecido como manifestação da cultura nacional. Após ser aprovado pelo Congresso, o projeto de lei do deputado Zé Neto (PT-BA) foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (7).
Conforme destaca a justificativa do texto, “o forró é um dos mais autênticos gêneros musicais brasileiros. Nascido a partir da mistura de ritmos tradicionais da Região Nordeste como baião, xaxado, coco, arrasta-pé e xote, existe e resiste há cerca de sete décadas, sobrevivendo aos modismos e levando a alegria da cultura nordestina a todo o País”.
O forró surgiu na década de 1930, popularizando-se por volta dos anos 1950 em todo o Brasil por meio do poeta, cantor e compositor Luiz Gonzaga, que convencionou o formato do trio sanfona, zabumba e triângulo.
De acordo com a matéria, “nenhum gênero musical celebrou mais o sertão do que o forró. Foi, em grande medida, a partir das canções de Luiz Gonzaga, que o Nordeste se desenhou no imaginário coletivo brasileiro”.
Além disso, destaca, “o enorme sucesso alcançado por esse ritmo difundiu, por todo o Brasil, a riqueza da cultura sertaneja. Da mesma forma, deu voz e visibilidade ao povo nordestino, que teve suas agruras, alegrias e sua coragem eternizadas em ritmo, beleza e poesia”.
Para o deputado Zé Neto, autor da proposta, o reconhecimento do ritmo é “um passo gigantesco para o nosso forró nordestino, que passará a ter muito mais grandeza, respeito e possibilidade de fazer parte das políticas públicas em nosso país”.
Em dezembro de 2021, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu, por unanimidade, declarar o forró como patrimônio imaterial brasileiro, encerrando assim processo que foi aberto em 2011.
A sanção da nova lei contou com os ministros da Cultura, Margareth Menezes, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o deputado federal Zé Neto (PT-BA) e a senadora Teresa Leitão (PT-PE), que foi relatora do projeto no Senado.
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