O Memorial da Resistência de São Paulo apresenta a exposição Lugares da Memória. Resistência e repressão em São Paulo com cerca de 100 fotografias e documentos do Fundo Deops/SP (documentos do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo que se encontram sob a guarda do Arquivo Público do Estado), 50 recortes de jornais e um mapa da Coalisão Internacional de Sítios de Consciência que apresenta as iniciativas de grupos e instituições da América Latina voltadas à defesa dos direitos humanos.
A mostra faz um recorte sobre alguns lugares da memória que serviram de palco para manifestações de repressão de resistência política na cidade de São Paulo, tais como a catedral e Praça da Sé; a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, localizada no Largo São Francisco; o teatro da Universidade Católica de São Paulo – Tuca; o Instituto Cultural Israelita Brasileiro, entre outros. “O conhecimento sobre esses lugares, tão presentes no cotidiano das cidades, amplia o entendimento sobre a nossa história política colabora para a educação do olhar e possibilita a compreensão de como os lugares podem ser função original apropriados”, afirma Kátia Felipini, co-curadora da mostra.
Ciente de que a história desses lugares está, sobretudo, na memória dos cidadãos que conhecem esses lugares pela ação ou por herança, o Memorial da Resistência de São Paulo convida pesquisadores, ex-presos e perseguidos políticos e demais cidadãos a colaborarem na (re)construção dessa importante parte de nossa história. Para tanto, uma urna na exposição possibilitará que os visitantes colaborem com o desenvolvimento do inventário, por meio do preenchimento de uma breve ficha com indicações sobre outros lugares dentro do estado de São Paulo.
Sobre o Memorial da Resistência de São Paulo
Seu novo projeto museológico, inaugurado em 24 de janeiro de 2009, foi realizado com vistas a ampliar a sua ação preservacionista e seu potencial educativo e cultural por meio da problematização e atualização dos distintos caminhos da memória da resistência e da repressão do Brasil republicano. Seu programa museológico está estruturado em procedimentos de pesquisa, salvaguarda (ações de documentação e conservação) e comunicação (exposições e ação educativa e cultural) patrimoniais por meio de seis linhas de ação. Voltadas à pesquisa e à extroversão dos principais conceitos norteadores do Memorial e atuando articuladamente, essas linhas objetivam fazer da instituição um espaço voltado à reflexão e que promova ações que possam colaborar na formação de cidadãos conscientes e críticos, sensibilizando para a importância do exercício da cidadania, da valorização da democracia e do respeito aos direitos humanos.
– Centro de Referência (conexão em rede com fontes documentais e bibliográficas)
– Lugares da Memória (inventário dos lugares da memória localizados no Estado de São Paulo)
– Coleta Regular de Testemunhos (registro de testemunhos de cidadãos envolvidos com as ações do Deops/SP)
– Exposição (exposição de longa duração e mostras temporárias)
– Ação Educativa (encontros de formação para educadores, produção de materiais pedagógicos de apoio, visitas educativas e palestras)
– Ação Cultural (seminários, lançamento de filmes e de livros, apresentação de peças de teatro)
O Memorial da Resistência de São Paulo é uma instituição dedicada à preservação das memórias da resistência e da repressão políticas por meio da musealização de parte do edifício que sediou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo – Deops/SP, entre os anos de 1940 a 1983.
Nova mostra no Memorial da Resistência: Lugares da Memória. Resistência e repressão em São Paulo
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