Também estará na programação da Rádio Brasil Cultura – já nesse mês de outubro – o jornalista Claret Rezende e seu “Diplomacia & Turismo” que tem sede em Curitiba/Pr, trabalhando com consultoria, planejamento, assessoria no desenvolvimento de políticas, programas e projetos para empresas, órgãos e entidades que desenvolvem ações nas áreas de turismo além da disponibilização de informações aplicadas à área de Jornalismo de Turismo, Viagens, Lazer, Hotelaria, Gastronomia, Cultura, Negócios. Uma das referencias do jornalismo paranaense Antonio Claret de Rezende, foi recentemente, personagem de “Vozes do Paraná, Retratos de Paranaenses, volume 7”, de Aroldo Murá, que foi lançado em 10 de setembro.
Programetes na Rádio Brasil Cultura
DIPLOMACIA & TURISMO – Claret Rezende – Dicas de lugares turísticos, turismo religioso, turismo gastronômico, negócios, melhores estações do ano, preparação de viagem, noticias e muito mais…
Sobre o perfil de Claret, seguem alguns trechos que constam do livro de Aroldo Murá:
“No primeiro contato com ele, os sinais da “mineirice” são notáveis em Antonio Claret de Rezende. Das mais evidentes, se falamos daquelas marcas que tradicionalmente identificam o chamado “espírito das Minas Gerais”, aparecem as da fala, dosada por prudência notável; a cautela em expender opiniões que possam gerar melindres; a delicadeza, muito polida, no tratar temas controversos.
A discrição – “uai, não sei, gente” -, possivelmente é o traço mais paradigmático dos homens e mulheres das Alterosas. A discrição seria consequência do DNA psicológico de um povo que sempre se dividiu entre a montanha, o casario multicentenário, a quietude das naves das igrejas quebrada pelas jaculatórias e ave-marias, a faina das minas de ouro, e os conciliábulos que geraram grandes lances da vida nacional.
Nascido em 1940, quando a Segunda Guerra era o centro das preocupações mundiais, Claret veio ao mundo numa ampla família mineira da gema, assinalada com marcas que outrora identificaram (ou persistem?) fortemente nessa gente especial.
Uma delas, o catolicismo familiar, muito preenchido por centenárias devoções populares transmitidas por gerações e absorvidas “naturalmente” numa sociedade onde o sagrado e suas manifestações tinham primazia absoluta.
Dos ensinamentos da Santa Madre, nada se contestava, até porque o menino Antonio foi cedo descobrindo, na sua enorme família, que as certezas da fé poderiam ser por ele – e nele – multiplicadas, como padre.
2 – NA “FOLHA DE LONDRINA”
“Deixei o seminário, não tinha vocação”, explica. Mas manteve intacta a fé, o que nem sempre foi fácil porque na profissão escolhida, a de jornalista, iria se defrontar com inúmeras situações de “outro mundo”, pouco as ver com aquele das certezas do seminário. Conseguiu, no entanto, no jornalismo, fazer prevalecer os princípios éticos trazidos de casa e burilados no seminário. E assim aconteceu, como nas vezes em que enfrentou grupos malfeitores que o jornal combatia, resistindo às suas investidas em busca de intimidá-lo.
Chegou ao jornalismo pelas mãos do mais autêntico pioneiro da imprensa do Norte do Paraná, o lendário João Milanês, fundador da “Folha de Londrina”. Foi acolhido, na redação, por outro nome não menos significativo do jornal de Milanês, Nilson Rímoli.
O jornalista Claret, que hoje é associado às informações do mundo diplomático e ao do turismo, fez de tudo em jornalismo: de reportagens policiais a cobertura de cidade, agricultura, política…. Trabalhou ainda em outros meios de comunicação, como o rádio e televisão, em Londrina.
3 – JAPÃO RECONHECE
Se a discrição, qualidade dos mineiros, Claret mantém intacta no seu dia a dia, até por isso é preciso certo “esforço” para se descobrir que o jornalista é um dos seis brasileiros de ascendência não japonesa galardoado com a Comenda do Sol Nascente Raios de Prata e Ouro. Conhecendo a seletividade nipônica e o rigor com que presta homenagens, só amplio minha admiração por Claret, um verdadeiro campeão – com a mulher, Teresa – na promoção da causa Brasil/Japão.
No jornal “Indústria & Comércio”, de Odone Fortes Martins, Claret inaugurou um novo nicho de cobertura semanal: a coluna sobre diplomacia, onde, por 12 anos, mostrou as ações, projetos e intercâmbios dos cônsules de carreira e cônsules honorários no Paraná, estendendo seu olhar para a grande diplomacia do Itamaraty e além mar.
Na sua newsletter semanal dedicada a turismo e diplomacia, Claret vai prosseguindo o que fez no jornal impresso. No fundo, mantém acesa aquela alma do adolescente que, tangido por sólida formação humanística, queria ser diplomata, para estabelecer pontes entre povos.
Essa, na verdade, a grande especialidade desse comunicador que, como poucos, sintetiza esse estado de espírito todo louvável e único – a “mineirice”.
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