O professor reconhece os erros e os acertos da esquerda e defende que a partir de agora os partidos progressistas todos devem se unir através de pontos comuns em uma “Frente ampliada” para voltar ao poder com um projeto mais engajado e capaz de produzir reformas mais profundas. “É o momento de reorganizar a esquerda e os movimentos tradicionais como o MST, e outros com um longo histórico de lutas, serão muito importantes neste diálogo”.
“É necessário pensar um novo projeto para o país em defesa de um bem maior para chegar ao poder com um projeto mais radical”. Pericás destaca que muitos núcleos discutem, atualmente, novas formas de organização, para ele, a discussão orgânica feita pelos movimentos sociais e pelos partidos políticos devem se estender para a comunidade com todas as ferramentas possíveis. “Os debates estão acontecendo, as pessoas estão discutindo a reforma agrária do século 21, o feminismo está em pauta, e a internet é apenas uma ferramenta, não é a forma, existem muitas outras ferramentas – do rádio à televisão – que devem ser utilizadas”.
O autor
Luiz Bernardo Pericás é formado em História pela George Washington University, doutor em História Econômica pela USP e pós-doutor em Ciência Política pela Flacso (México), onde foi professor convidado, e pelo IEB/USP. Tem livros e artigos publicados em diversos países, como Argentina, Estados Unidos, Peru, Itália, Espanha e Cuba.
Sua mais recente obra, sobre Caio Prado, é baseada na leitura minuciosa de centenas de documentos onde ele mostra como o ativismo repercutiu na vida e na obra do pensador marxista. O livro aborda desde as primeiras leituras às viagens para o exteriores, inclusive para os países socialistas, do golpe de 1964 aos debates sobre a revolução brasileira, do breve exílio no Chile ao retorno seguido de encarceramento, chegando por fim ao legado de seu ideário para a esfera pública. O autor ainda discute aspectos teóricos da obra caiopradiana e elementos de seu pensamento.
Do Portal Vermelho
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