Projetos referentes à preservação e difusão da memória cultural da cidade podem participar dos editais abertos pela Prefeitura nas áreas de patrimônio imaterial, pesquisa urbana e acervos documentais. Somados, os editais destinarão R$ 365 mil às propostas vencedoras. As inscrições podem ser feitas até 24 de outubro pelo site da Fundação Cultural de Curitiba.
Para o diretor de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba, Marcelo Sutil, os editais representam a valorização da pesquisa histórica e memória da cidade, além de suas manifestações culturais variadas.
“Além de abrirmos fontes de pesquisa especializadas, como é o caso do tratamento a ser dado aos manuscritos raros, a publicação de artigos sobre a cidade, seu povo e seus costumes democratiza a informação e fortalece o entendimento e o sentimento sobre o ser curitibano”, explica.
Patrimônio imaterial
O edital sobre pesquisa urbana prevê a seleção de duas propostas acerca das modalidades história cultural, cotidiano, história dos bairros, territórios culturais, manifestações sociais, arquitetura, costumes e vida econômica, entre outros temas relativos ao patrimônio cultural, à história e memória de Curitiba.
As propostas vencedoras dividirão R$ 120 mil para a elaboração e publicação de trabalhos no Boletim Casa Romário Martins 2020. O edital também prevê a destinação de R$ 15 mil para atividades de apoio prévio à execução dos projetos.
Curitiba dos indígenas e afrodescendentes
As manifestações culturais em geral, além das culturas indígena e afro-brasileira são o tema do segundo edital, aberto para contemplar cinco projetos.
O produto dessas pesquisas será transformado em artigos para integrar a quinta edição da revista Taipa – assim como o Boletim da Casa Romário, outra publicação da Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba.
As propostas selecionadas repartirão R$ 100 mil e ainda serão beneficiadas com R$ 30 mil. Esse valor cobrirá o custeio de atividades de apoio ao processo seletivo das propostas e à publicação da revista.
O que dizem os manuscritos raros
O terceiro edital trata da indexação, transcrição em grafia atual e elaboração de resumos dos 38 volumes integrantes da coleção de obras raras denominada Livros do Rocio. Por serem raros, muito antigos e estarem escritos à mão em Português arcaico, os livros permanecem fechados em ambiente climatizado e somente são manuseados pela equipe de pesquisadores da Casa da Memória.
Das propostas inscritas, apenas uma será selecionada. O autor do projeto vencedor trabalhará sobre a versão digitalizada do acervo, que reúne livros referentes ao período compreendido entre meados do século XIX até 1938. Para isso, receberá R$ 85 mil. Também está prevista a destinação de R$ 15 mil para ações de apoio.
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