O Museu Índia Vanuíre, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari, em parceria com a Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM ) e o Instituto Victor Brecheret realizaram Homenagem ao escultor modernista Victor Brecheret; com um vídeo em comemoração aos 70 anos do Prêmio do Júri Internacional na I Bienal de 1951, por sua obra “O Índio e a Suaçuapara”, onde também constam outras obras com temática nativa. O tributo ao brilhante e importante trabalho do artista está disponível nas mídias sociais e site do Museu.
Breve histórico – A arte indígena e nativa de Brecheret
No final da década de 40, Brecheret se interessou e desejou que sua arte fosse permeada pela cultura da região amazônica, quando se deixou maravilhar e encantar pelos vestígios de habitantes primitivos da Ilha de Marajó.
Aproximou-se do pré-histórico e inspirou-se nos antepassados e cultura dessa região, “inventando sua arte marajoara e indígena nativa”.
Esculpe em bronze e terracota, fazendo incisões e grafismos que remetem à escrita cuneiforme, com temas que representavam uma época na qual lendas e mitos indígenas, faziam parte do cotidiano desses povos.
Além de terracota, Brecheret esculpiu pedras que vieram do mar, descobertas nas areias da praia, dando vida e história em traçados rústicos, como a figura de uma índia escondida por um peixe.
(Texto baseado no estudo e trabalho da Profª Dra Maria Izabel Branco Ribeiro – “A arte indígena de Brecheret”)
Sobre Brecheret
Brecheret nasceu em 1894, em Farnese, Viterbo – Itália. Chegou em São Paulo em 1904 com os tios maternos que vieram para trabalhar e com quem ele tinha passado a morar, depois de ter ficado órfão de mãe, aos 6 anos.
Em 1912 ingressou no Liceu de Artes e Ofícios e, no ano seguinte, partiu para estudar em Roma. Foi aluno e pupilo de Arturo Dazzi, natural de Carrara, terra do mármore, de quem veio sua influência greco-romana e renascentista.
Já premiado em Roma, em 1916, ficou até 1919, onde trabalhou no estúdio do croata e amigo, Ivan Mestrovic, de quem recebeu decisiva influência e gosto pelo seu estilo, caracterizado por obras monumentais.
Voltou para São Paulo em 1919 e, em 1920, já apresentava a maquete do “Monumento às Bandeira”, concluído trinta anos depois, em 1953.
Foi descoberto em 1921 pelos modernistas Oswald e Mario de Andrade, Menotti del Picchia e Di Cavalcanti, que ficaram admirados e surpresos por seu talento. Foi encontrado em seu local de trabalho e atelier, no Palácio das Indústrias, cedido por seu ex-professor e Diretor do Liceu, Ramos de Azevedo.
Voltou à Europa em 1921, com uma bolsa de estudos de 5 anos em Paris, participou, mesmo que à distância, com suas obras, na Semana de Arte Moderna de 1922, desde quando se consagrou como referência do Modernismo na escultura do Brasil.
Ficou em Paris até 1926, quando retorna ao Brasil, se alternando entre São Paulo e Paris até 1936, influenciado pela Art Deco, Brancusi e por estilos de vários artistas europeus vanguardistas.
O artista gostava de relembrar e frisar que foi Rodin, e por um recorte de jornal, achado por ele na rua, ainda menino, que o fez decidir ser escultor, quando com massinha se iniciou nessa sua trajetória de futuros prêmios nacionais e internacionais.
Brecheret faleceu no auge de sua vida e carreira artística profissional, em 17 de dezembro de 1955, vítima de enfarte aos 61 anos, quatro anos após ter recebido o Prêmio do Júri Internacional da I Bienal de São Paulo em 1951 e de ter inaugurado, em 1953, o Monumento às Bandeiras e não era mais vivo, portanto, quando foi inaugurado o Monumento a Duque de Caxias, em 1961.
Para assistir ao vídeo na íntegra, basta acessar as mídias sociais e site do Museu Índia Vanuíre (@museuindiavanuire e www.museuindiavanuire.org.br). Acesse o lindo do vídeo aqui: https://museuindiavanuire.org.br/homenagem-ao-escultor-modernista-victor-brecheret-pelos-70-anos-do-premio-do-juri-internacional-na-i-bienal-de-1951/
Serviço:
Homenagem a Brecheret
Local: Site do Museu Índia Vanuíre
Gratuito
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