Bairrismos dão conta de que paulistas não têm ritmo para determinados gêneros musicais. Pois com as atrações do Dia Nacional do Samba, comemorado hoje, a fama injusta tende a ficar ainda mais enfraquecida. E isso também vale para o público daqui, cada vez mais entusiasta da boa batucada.
Na Capital, a Orquestra Heartbreakers, devidamente acompanhada da sambista Duda Ribeiro, da Camisa Verde e Branco, convida para o palco do Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141. Tel.: 5080-3000. Ingr.: R$ 16), às 21h, uma seleção de cariocas que tem muito a contar sobre o gênero, tanto que o show foi batizado “Biografia do Samba”.
Encabeçando a lista dos vizinhos está o compositor Nei Lopes, que já fez parte de agremiações como Acadêmicos do Salgueiro e Vila Isabel. De outra escola carioca, a Portela, outro representante: o percussionista Armando Marçal. Para fechar a especial trupe carioca, vem o cavaquinista Mário Sérgio, um dos principais compositores do Fundo de Quintal, do qual fez parte por 18 anos.
Junto da Heartbreakers, acostumada à linguagem dos ritmos latinos, influência do líder Guga Stroeter, os convidados devem proporcionar ao público a experiência dos grandes bailes.
SANGUE NOVO
E se o Sesc Vila Mariana reúne hoje uma geração intermediária de sambistas vindos do Rio, no Studio SP (Rua Augusta, 591. Tel.: 3129-7040. Ingr.: R$ 30 a R$ 35) é a vez do sangue novo. O quinteto Casuarina, eleito o melhor grupo de samba na edição deste ano do Prêmio da Música Brasileira, se apresenta na madrugada de sábado para domingo, à 1h.
Também carioca, o grupo, que tem à frente o vocalista Gabriel Azevedo (filho do compositor pernambucano Lenine), inclui, além de repertório próprio, novas leituras de composições de João Nogueira e Wilson Moreira.
NA REGIÃO
No Grande ABC, a data também é lembrada no fim de semana. O povo do Samba de Terreiro de Mauá faz pelo quinto ano consecutivo uma comemoração bastante peculiar, seguindo a ideia do “Trem do Samba”, que já está na 15ª edição no Rio.
Na versão de Mauá, os sambistas partem da Estação Guapituba (acesso pela Rua Havana, no Parque das Américas), e seguem com o batuque dentro do trem. A concentração será a partir do meio-dia. O destino é a Estação da Luz, onde também fazem a chamada “parada sambística”. O grupo retorna para o ponto de origem à tarde.
Faça um comentário