Hélio Oiticica – Museu é o Mundo

cr_oticicaExposição itinerante será aberta neste sábado (11), no Rio de Janeiro. O ministro da Cultura interino, Alfredo Manevy, participau neste sábado,11 de setembro, às 15h, no Paço Imperial (Praça 15, s/n, Centro), no Rio de Janeiro, da abertura da exposição Hélio Oiticica – Museu é o Mundo. Na ocasião, Manevy explicou como vai funcionar a itinerância da mostra, que será levada a Brasília e Belém nos próximos meses e custará R$ 1,5 milhão.

 O ministro interino também anunciou o fim do processo de higienização e o começo da restauração propriamente dita das obras danificadas pelo incêndio do ano passado, com investimento de mais de R$ 800 mil do Ministério da Cultura. No total, o MinC investirá mais de R$ 2,3 milhões na recuperação e difusão da obra de Oiticica.

Com apoio e parceria estratégica do MinC, esta é a mais completa retrospectiva sobre o artista, com exibição de cerca de 90 obras, além de filmes, fotografias e documentos, ancorada pelo Paço Imperial e pela Casa França-Brasil. Para César Oiticica Filho, sobrinho de Hélio e um dos curadores da mostra, “a exposição prova que a obra de Hélio Oiticia não acabou. Pelo contrário, ela está mais viva do que nunca”. Ele conta que está cumprindo a vontade do tio. “Era isso o que o Hélio queria: colocar todo o seu percurso de artista, desde a adolescência até o final de sua obra, com a exibição de obras e categorias que nunca foram mostradas na sua plenitude”, explica.

Desde o incêndio que atingiu o depósito das obras, em 16 de outubro de 2009, as ações se concentraram em higienizar os trabalhos de Oiticica. Agora, o foco será restaurar telas e peças, com o objetivo de incorporá-las à exposição já em 2011. “Essa primeira parte do trabalho foi concluída pelo Ministério da Cultura e pelo Ibram [Instituto Brasileiro de Museus], numa ação rápida e eficaz, que começou já no dia seguinte ao incêndio, o que reduziu o prejuízo e evitou qualquer dano irreversível às obras”, diz César. O convênio para restaurar as obras já foi fechado.

Após o Rio de Janeiro, que sedia a exposição entre 11 de setembro e 21 de novembro, a mostra seguirá em dezembro para o Museu Nacional, em Brasília, e, no começo de 2011, para Belém, em local a ser definido. César Oiticica considera fundamental esta itinerância. “É muito importante, porque chegará a cidades que ainda não conheciam as obras de Hélio Oiticica”, comemora. “Sinto falta de fazer este tipo de exposição fora do eixo Rio-São Paulo, porque é muito grande e a logística é muito difícil e cara”, acrescenta o curador.

Para viabilizar esta itinerância, o MinC irá financiar R$ 1,5 milhão, através do Fundo Nacional de Cultura. Além dessa parceria estratégica, a exposição conta ainda com o patrocínio da Petrobras, via Lei Federal de Incentivo à Cultura

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