Com seus dribles desconcertantes, o também chamado “anjo das pernas tortas”, Garrincha foi um dos principais jogadores das Copas do Mundo de 1958 e 1962.
Jogador de futebol fluminense (1933-20/1/1983). É considerado um dos maiores nomes do esporte no país. Manuel Francisco dos Santos nasce em Pau Grande e desde criança se destaca em peladas, sempre como ponta-direita. Aos 19 anos, começa a jogar no Botafogo carioca.
Apesar das pernas tortas, sua característica mais marcante são os dribles rápidos e desconcertantes. Ingênuo, é manipulado pelos dirigentes do futebol nacional, os cartolas. Entre as várias histórias não comprovadas sobre sua carreira está a de que chamava de João todos os zagueiros encarregados de marcá-lo. Em 1955 é convocado para a seleção brasileira.
Três anos depois disputa a Copa do Mundo na Suécia, onde ganha o título de campeão e é eleito o melhor ponta-direita da competição. Na copa seguinte, em 1962, no Chile, vence novamente e torna-se bicampeão. Participa também da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, em que o Brasil não consegue chegar à final. Disputa ao todo 60 partidas pela seleção, marcando 17 gols.
Sua ligação com a sambista Elza Soares, por quem abandona mulher e filhos, causa escândalo na sociedade brasileira da época. Nos anos 70, em fase de decadência, joga amistosos com equipes pequenas do Brasil e do exterior. Sua carreira é prejudicada pelo alcoolismo e por problemas com os joelhos – contusões seguidas e erros médicos acabam por danificar sua perna.
É homenageado em poesia (O Anjo de Pernas Tortas, de Vinicius de Moraes) e em filme (Garrincha, Alegria do Povo, 1963, de Joaquim Pedro de Andrade). Em 1995, o jornalista Ruy Castro escreve sua biografia, Estrela Solitária. Morre no Rio de Janeiro.
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