Há 30 anos morria o cartunista Henfil

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O cartunista é o criador de tirinhas famosas nos anos 1970 e 1980, como a Graúna, o Fradim Cumprido e o Fradim Baixim. Engajado na vida política e social do país, seus traços criticavam a ditadura militar. Ele trabalhou para o semanário O Pasquim, cuja linha editorial era contrária ao regime da época. Mais tarde, participou de movimentos importantes, como a mobilização pela anistia a presos e exilados políticos e as Diretas Já!, cujo bordão é inclusive de sua autoria.

Se fosse vivo, Henfil teria hoje 73 anos. Mineiro de Ribeirão das Neves, nasceu em 5 de fevereiro de 1944. Em outubro do ano passado, a história do cartunista foi retratada no documentário Henfil.

Dirigido por Angela Zoe e lançado no Festival do Rio, o filme tem depoimentos de figuras próximas a ele, como seus colegas no semanário O Pasquim: Ziraldo, Jaguar, Sérgio Cabral e Tárik de Souza. “É um erro chamá-lo de cartunista, porque ele foi um multiartista”, diz Tárik de Souza em um dos depoimentos.

Os 30 anos da morte de Henfil foi lembrado por seu filho, Ivan Cosenza, há dois dias, em postagem no seu blog As Cartas do Pai e em sua coluna no Portal Vermelho, onde ele publica rotineiramente mensagens direcionadas ao cartunista. “O que fico imaginando é quanta coisa teria feito em mais 30 anos, já que em 25 anos de profissão, produziu tanta coisa boa! Seus personagens até hoje são usados em campanhas sociais, sindicais, no movimento estudantil e em tantas outras campanhas”, escreveu.

Fonte: Rádio Peão Brasil

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