Giovana Xavier, voz negra a se destacar na FLIP

Escritora lança, em Paraty, seu primeiro livro, Você pode substituir Mulheres Negras como objeto de estudo por Mulheres Negras contando sua própria história, publicado pela Editora Malê

Você pode substituir Mulheres Negras como objeto de estudo por Mulheres Negras contando sua própria história. O título grande dá pista dos caminhos que a historiadora Giovana Xavier percorre em seu primeiro livro, que será lançado, pela editora Malê, em 13 de julho, na Flip, em Paraty. São 33 artigos em que a autora “ousa teorizar sobre surfe, rap, férias, rebolado, orixá, literatura, Baco Exu do Blues, teatro– tudo junto e misturado”, como definiu a jornalista Flávia Oliveira que assina o texto da contracapa.

 

Fundadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras UFRJ e pesquisadora de metodologias e práticas educativas feministas, Giovana Xavier, nesses artigos, inova na linguagem acadêmica para abordar de forma mais espontânea os temas da igualdade de gênero, da representatividade, da maternidade, entre outros. Divididos por eixos temáticos, os capítulos foram nomeados com hashtags: #eurobolo, #escrevivênciaacadêmica #nãosejogueprojetese, #intelectuaisnegras, #maternidadesemfiltro, #crowdflorido.

 

“O livro é a compilação de textos que escrevi intersectando os papeis de mãe, ativista, historiadora e professora universitária”, conta. Reuni-los, segundo Giovana, “contribui para destacar a importância da escrita de novas histórias por sujeitos silenciados no espaço público de debates”.

 

No livro, Giovana faz referências a pensadoras que a influenciaram, como Azoilda Loretto da Trindade, Kimberlé Crenshaw, bell hooks, Djamila Ribeiro e a própria Conceição Evaristo.

 

A autora:

Giovana Xavier é professora da Faculdade de Educação da UFRJ. Formada em história, tem mestrado, doutorado e pós-doutorado, por UFRJ, UFF, Unicamp e New York University. É idealizadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras UFRJ. Em 2017, organizou o catálogo Intelectuais Negras Visíveis, que elenca 181 profissionais mulheres negras de diversas áreas em todo o Brasil.

 

A editora:

Inaugurada em junho de 2016, a Editora Malê tem como objetivo a valorização de escritoras e escritores negros e a ampliação da diversidade no mercado editorial brasileiro. Entre seus autores estão expoentes da literatura afro-brasileira como Conceição Evaristo, Cuti Silva e Muniz Sodré, além de novos talentos como Rosane Borges, Cristiane Sobral, Eliana Alves Cruz, Ernesto Xavier, Fábio Kabral, entre outros. A editora também lançou seu próprio prêmio de literatura – voltado a jovens escritores negros – e, a cada ano, publica uma coletânea com os textos vencedores do concurso.

 

Você pode substituir Mulheres Negras como objeto de estudo por Mulheres Negras contando a sua própria história, 160 páginas, R$ 40,00.

 

Lançamento na Festa Literária Internacional de Paraty – FLIP

Data:                           13 de julho

Horário:                      15 horas

Local:                          Casa Poéticas Negras

(Rua Marechal Santos Dias, 22 – Centro Histórico de Paraty)

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