Gilberto Gil
Embora sem falar em valores, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou ontem que o orçamento da sua pasta será maior no próximo ano. Em 2005, o orçamento de R$ 480 milhões sofreu um contingenciamento (verbas retidas para o pagamento de juros da dívida externa) de 57%.
“Teremos uma posição bastante diferenciada em 2006. Já sabemos que [o orçamento] será maior. E temos recebido acenos da área econômica de que o dinheiro contingenciado voltará para nós neste ano”, disse Gil.
Segundo ele, “os superávits primários, âncoras da estabilização econômica e importantes para setores macroeconômicos, fazem com que ministérios como o da Cultura fiquem pobres, à míngua, impedidos de exercer o seu papel de provedor”.
As afirmações foram feitas durante o 1º Encontro da APTR (Associação de Produtores Teatrais do Rio de Janeiro). O ministério vem sendo pressionado para buscar soluções para a forte queda de captação de recursos, via lei Rouanet, para projetos teatrais do Estado do Rio.
“Não somos meia dúzia de favorecidos que perderam seus privilégios”, disse, em seu discurso, o presidente da APTR, Eduardo Barata.
Gil ressaltou a importância de encontros como o de ontem, mas demonstrou que sua prioridade são os que têm “menos acesso às fontes [de patrocínio], menos poder político”.