Durante a coletiva de imprensa, ao anunciar Sérgio Mamberti como o presidente da Funarte, o ministro Juca Ferreira disse que a instituição precisa ser fortalecida e reestruturada para que cumpra seu papel de intelocutor entre artistas e produtores culturais e as políticas públicas, em nível nacional, e com as complexidades de cada setor especifíco. O ministro destacou que hoje a Funarte é muito dependente da Lei Rouanet e que o orçamento da instiuição precisa aumentar para que as políticas desenvolvidas por ela atenda as complexidades de cada setor.
“É preciso lembrar que não podemos falar em teatro brasileiro, mas sim em dimensões desse teatro. Falo do teatro, mas poderia citar a dança. São áreas complexas, com linguagens e estruturas complexas, que requerem preservação de sua memória e que requerem uma instituição estruturada e modernizada para cumprir esse papel”, disse o ministro.
Juca Ferreira falou que Funarte significa Fundação Nacional de Artes, mas que nas últimas décadas a instituição vem perdendo esse caráter nacional, pois suas ações estão restritas ao Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, sendo que nesses dois últimos estados o ministro destacou a precariedade dessas ações. “Apesar de haver alguns editais nacionais, a atuação da instituição está muito restrita a esses lugares e faz parte de nossos objetivos voltar a dar essa amplitude à Funarte”.
Ele ressaltou o pouco tempo que há para que tais propostas sejam implementadas, mas afirmou que estará ao lado do novo presidente para enfrentar o desafio e disponibilizará todo o ministério para que auxilie Sérgio Mamberti nessa tarefa. Para o ministro, a ampliação do conceito de cultura não pode representar um esquecimento das artes e de sua importância no processo de formação cultural de um país.
O anúncio dos diretores da Funarte deverá demorar alguns dias, pois é preciso que esse corpo de diretores tenha legitimidade perante o público que a Funarte atende e seja afinado com as políticas do Ministério da Cultura.
O ministro agradeceu publicamente a Zulu Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares, que assumiu a Funarte interinamente em um período descrito pelo próprio ministro como conturbado, e que não deixou a instituição parar e teve a competência de dialogar com funcionários para que o ambiente de trabalho continuasse tranqüilo.
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