Para a professora de Educação Artística do Colégio Estadual Rachel de Queiroz de Ivaté, Derci Pereira Puzzi, o Fera estimula alunos e professores a criarem. “Os professores de artes sempre se sentiam desestimulados e agora com o Festival sabemos que nosso trabalho é reconhecido”, disse, em referência ao trabalho realizado em sala de aula.
A professora conta que a partir da edição passada os alunos têm se empenhado mais no dia-a-dia. “Hoje, além de expor alguns de meus trabalhos no espaço Fera, três alunos meus estão expondo também”. Segundo Derci, no ano passado apenas a aluna Elem Carla Pedroso expôs um trabalho feito a lápis. “Desta vez, além da Elem outros alunos estão expondo pinturas à óleo. Está havendo uma evolução”, acredita.
Elem Carla Pedroso (15), que está fazendo o primeiro ano do ensino médio, trouxe junto com sua bagagem para o Fera, uma de suas telas. “Fico feliz em poder expor aqui. É uma prova de que o que fazemos é reconhecido”. A aluna conta que, no ano passado, sua tela pintada à lápis ficou como destaque. “De lá para cá aprendi a pintar com tinta óleo nas aulas de Educação Artística e hoje trago uma de minhas telas aqui para expor”.
Já Wilian Fernandes Lopes (15), também do primeiro ano do ensino médio e aluno de Derci, conta que na edição passada do Festival havia apresentado uma peça teatral, e nesta, apresenta uma pintura. “Esta é a minha primeira tela e já estou expondo”, ressalta. “É muito importante que tenhamos espaços como este para demonstrar o que fazemos. A minha cidade é muito pequena e provavelmente não teria como expor em um espaço tão grande e para tanta gente como aqui”, disse. Para Wilian, é importante que o Festival continue acontecendo. “O Fera, desde o ano passado tem aberto muitas portas para gente”, completa.