Festas de São João

   

 

TÁ TUDO DIFERENTE, SÔ!

 

 

É durante o mês de junho que milhões de pessoas se divertem com as festas de São João. Algumas delas são simples, comemoradas em arraiais formados por bairros ou escolas, quem nunca dançou quadrilha na escola? Outras são maiores, chegando a mobilizar cidades inteiras e reunir mais de 1 milhão de visitantes. Pequenas ou grandiosas, em todas a fórmula é única: muito forró, quadrilhas, brincadeiras e guloseimas de fazer qualquer um babar.

 

Se você nunca pensou em viajar para conhecer uma dessas megafestas, é porque não tem idéia de como acontecem esses eventos. No nordeste, por exemplo, elas costumam ser tão grandes quanto o Carnaval carioca, atraindo milhares de pessoas, lembrando até as festas de peão, no interior paulista. Com todo esse crescimento, muitas tradições tiveram que ser adaptadas. O vestuário das quadrilhas, por exemplo, ficou mais brilhante e seus adereços maiores para chamarem a atenção sob a luz dos holofotes. As quadrilhas ficaram mais numerosas e com novas versões: a gaydrilha, só com homens, e a sapadrilha, composta só com mulheres. Mas não se preocupe, os organizadores garantem que a festa não perdeu sua identidade, muito pelo contrário, elas continuam gratuitas e, a cada ano, o número de sertanejos que participam do festejo é maior.

 

A origem da Festa de São João

 

É verdade que os nordestinos é que fazem o melhor São João, mas não pense que foram eles os inventores dessa comemoração. Só para se ter idéia, os festejos juninos têm início ainda na Europa antiga, onde durante o solstício de verão – dia mais curto com noite mais longa do ano – era comemorado o início da colheita. Nessas festas eram oferecidas comidas, bebidas e animais ao deus Juno, da fertilidade, além da fogueira, para espantar os maus espíritos e as danças características da época. Com a difusão do catolicismo, os festejos se transformaram e acabaram homenageando os santos que nasceram no mesmo período da antiga festa.

 

E no Brasil, como se formou essa tradição? Foram os jesuítas portugueses que trouxeram os festejos para cá. Mas antes, os índios já realizavam rituais também relacionados à agricultura, que aconteciam no mesmo período, para que a colheita fosse boa. Dessa mistura das comemorações dos índios com a dos jesuítas portugueses, as festas juninas foram ganhando forma e incorporando o famoso jeitinho brasileiro.

 

Quer um exemplo? É só chegar o mês de junho que as cidades, na extensão do Ceará à Bahia, se enfeitam de balões, bandeirolas de papel colorido, além de montar sua tradicional fogueira.

 

Mas em nenhum outro lugar a festa é tão grande quanto em Campina Grande, na Paraíba, e em Caruaru de Pernambuco: uma promete ter “O maior São João do Mundo”, a outra garante que faz “o melhor São João do Brasil”. É difícil escolher entre a maior e a melhor, mas o que interessa é que em ambas a animação é garantida.

 

Para quem quer mesmo conhecer o forró tradicional, São Luis do Maranhão é a opção. Lá, a festa é movida a instrumentos antigos como a matraca e o pandeirão. A festa fica por conta da tradição folclórica como o bumba-meu-boi e o tambor de crioula.

 

Bom, agora que a gente já conhece um pouco mais da festa de São João, vamos embarcar em cada um destes destinos e saber porque eles fazem a melhor, a maior e a mais tradicional festa junina do país.

 

 

por Adriano Lins Sant’Anna

 

 

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