Festa Literaria de Paraty – FLIP 2010

flip2010Lançada em 2003,a FLIP sofreu modificações significativas já na segunda edição, quando teve seu nome mudado, passando de Festival à Festa, além de sua duração, que passou de três para cinco dias. Desde sua primeira edição, a Festa vem crescendo, seja com relação ao número e expressão de escritores e editoras convidadas, seja no número de visitantes. Falando em nome, a FLIP utiliza o nome Parati, assim mesmo com o i, para realçar que a Festa é “Parati/Para Você” – tornando ainda mais convidativo o evento.
 
Segundo Mauro Munhoz, Diretor Presidente da Associação Casa Azul, realizadora da Festa, a idéia de promover a FLIP nasceu em parceria com a editora inglesa Liz Calder, inspirada em eventos similares, realizados em cidades pequenas. Daí o fato de escolher como ”lar”, a charmosa Paraty, elevando-a ao nível de Hay-on-Wye (País de Gales), Adelaide (Austrália), Harbourfront (Canadá) Berlim (Alemanha), Edimburgo (Escócia) e Mantua (Itália), no que diz respeito a grandes eventos literários.
 
 
 
Você já bebeu “Paraty”?
O sucesso da FLIP deve-se a diversos fatores, entre eles, a fértil experiência cultural que oferece. Porém, é preciso “abrir um parêntese” para falar do papel de Paraty nesse sucesso: sua beleza única, emoldurada por história e cultura, seu entorno marcado por tesouros naturais e a hospitalidade de seu povo, sempre de braços abertos, têm sido determinantes. Devido a esse ambiente informal e aconchegante – para falar o mínimo – durante esses cinco dias o visitante pode usufruir de experiências únicas, como a de, por exemplo, degustar uma deliciosa “Paraty”, a famosa cachaça da terra, junto a personalidades como Caetano Veloso, Jô Soares, Antônio Cícero ou Arnaldo Jabor. Isso sem falar na oportunidade de “bater uma pelada” com ninguém menos que Chico Buarque. Só mesmo Paraty poderia proporcionar cenas como estas, nos intervalos entre os eventos. Porém, tudo isso só é possível porque, enquanto o clima das ruas históricas sugere um bate-papo descontraído, as pousadas, restaurantes e demais serviços oferecem um excelente padrão de qualidade. Além disso, o entusiasmo e a qualidade de seu fiel público são ingredientes principais da verdadeira “festa” em que a cidade se transforma todos os anos durante a FLIP.
 
Histórico das Programações
As temáticas variadas tratadas nos debates deram o contorno à presença de autores mundialmente respeitados. Além dos nossos grandes talentos brasileiros, interagindo entre si e com os autores estrangeiros. Eis alguns exemplos, por edição, de mesas que fizeram a história da FLIP:
 
2003 – Ninguém melhor para falar de literatura e humor do que os dois melhores textos de humor do país – Veríssimo e Millôr – e um diligente e inspiradíssimo compilador de textos humorísticos como Ruy Castro. Ferreira Gullar, considerado o maior poeta vivo do Brasil, foi grande destaque entre os brasileiros, lendo trechos de seu livro Relâmpagos
 
2004 – Nação crioula, de 1997, consagrou José Eduardo Agualusa, nascido em Huambo, Angola, como um dos mais importantes escritores africanos de língua portuguesa. Agualusa dividiu a mesa com seu admirador Caetano Veloso, um dos maiores artistas brasileiros. África e Brasil – unidos e, estranhamente, separados.
 
No encerramento da segunda edição da Festa Literária Internacional de Parati, nomes como Paul Auster, Margaret Atwood, Martin Amis, Pierre Michon, Miguel Sousa Tavares, Milton Hatoum, Joca Reiners Terron falaram sobre seus livros de devoção.
 
2005 – No ano da comemoração dos cinqüenta anos da peça “Auto da compadecida”, Ariano Suassuna, uma das vozes mais polêmicas e espirituosas de nossa literatura contemporânea, subiu ao palco para expor sua visão das raízes ibéricas da cultura brasileira.
 
Um lançamento mundial foi feito em Paraty, e em grande estilo! O escritor anglo-indiano Salman Rushdie leu trechos de seu romance, Shalimar, o equilibrista, uma obra na corda-bamba entre Índia e Paquistão, Oriente e Ocidente, ódio e paixão, céu e terra.
 
2006 – A prosa dos escritores Reinaldo Moraes (Tanto faz, Umidade), André Sant’anna (Amor, O paraíso é bem bacana) e do premiado cartunista Lourenço Mutarelli (O cheiro do ralo, O natimorto) se desenvolveu num fluxo ora caudaloso, ora taquigráfico, expondo a superficialidade, a violência, os impasses e os paradoxos das relações humanas.
 
Toni Morrison, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 1993. Autora de Amor, Os cânticos de Salomão e Amada — escolhido como a melhor obra norte-americana de ficção dos últimos 25 anos — discorreu sobre a literatura e sua capacidade inigualável e duradoura de informar, entreter, enriquecer e iluminar. Nenhum outro romancista retratou a realidade dos negros norte-americanos com tanta força e sensibilidade.
 
2007 – Os autores participantes da FLIP 2007 foram: Ahdaf Soueif, Alan Pauls, Amós Oz, Ana Maria Gonçalves, Antonio Torres, Arnaldo Jabor, Augusto Boal, Barbara Heliodora, Bosco Brasil, Cecilia Giannetti, César Aira, Chacal, Dennis Lehane, Eduardo Tolentino, Fabrício Corsaletti, Fernando Morais, Guilhermo Arriaga, Ignacio Padilla, Ishmael Beah, J.M.Coetzee, Jim Dodge, Kiran Desai, Lawrence Wright, Leyla Perrone-Moisés, Lobão, Luiz Felipe de Alencastro, Maria Rita Kehl, Mário Bortolotto, Mia Couto, Nadine Gordimer, Nuno Ramos, Paulo Cesar de Araújo, Paulo Lins, Robert Fisk, Rodrigo Fresán, Ruy Castro, Silviano Santiago, Verônica Stigger, Will Self e Willian Boyd.
 
2008 – A Flip 2008 levou muito livro e badalação a Paraty. Autores brasileiros como Luiz Fernando Veríssimo e internacionais dividiram as ruas da cidade com curiosos e artistas famosos. Autores: Adriana Lunardi, Alessandro Baricco, Ana Maria Machado, Caco Barcellos, Carlos Lyra, Cees Nooteboom, Chimamanda Ngozi Adichie, Cíntia Moscovich, Contardo Calligaris, David Sedaris, Elisabeth Roudinesco, Emilio Fraia, Fernando Vallejo, Guilherme Fiuza, Humberto Werneck, Inês Pedrosa, Ingo Schulze, João Gilberto Noll, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Lucrecia Martel, Luiz Fernando Carvalho, Marcelo Coelho, Martín Kohan, Michel Laub, Misha Glenny, Modesto Carone, Nathan Englander, Neil Gaiman, Pepetela, Pierre Bayard, Richard Price, Roberto DaMatta, Roberto Schwarz, Rodrigo Naves, Sérgio Machado, Sergio Paulo Rouanet, Tom Stoppard, Vanessa Barbara, Vitor Ramil, Xico Sá, Zoë Heller.
 
2009 – A FLIP homenageia o escritor pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968). A obra poética de Bandeira ocupa lugar indiscutível na tradição literária brasileira. Livros como A cinza das horas (1917), Carnaval (1919) e Libertinagem (1930) tornaram-se marcos da poesia brasileira – mas há tempos não são objeto de atenção do meio editorial. O tributo oferecido pela Flip tem como objetivo alterar esse cenário. “A homenagem da Flip pretende contribuir para a revalorização da obra poética e para tornar mais conhecidas as diversas faces de Manuel Bandeira”, afirma Flávio Moura, Diretor de Programação da FLIP.
 
Homenagens
A 8ª edição acontecerá entre 4 e 8 de agosto de 2010 e homenageará o sociólogo Gilberto Freyre. Com a crescente atuação do Brasil no cenário internacional, bem como o bom desempenho da economia e a seleção do país como sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, a escolha de homenagear o autor que primeiro analisou a constituição da sociedade brasileira sob perspectiva positiva promete incentivar acaloradas discussões em Paraty.
 
Shows de Abertura
Por falar em comemoração: boa festa é igual à boa música! Já “encantaram” nos shows de abertura em anos anteriores, nomes como:
 
2004 – José Miguel Wisnik dirigiu o show de abertura em homenagem a Guimarães Rosa. Caetano Veloso e Chico Buarque foram fortes presenças.
 
2005 – Um dos mais expressivos compositores da música brasileira, Paulinho da Viola apresentou um repertório que une canção popular com sofisticação melódica e letras refinadas. Ainda na programação musical de 2005, Danilo Caymmi (voz e flauta) e Muri Costa (violão), apresentaram, no Café Paraty, música brasileira com repertório especial de Dorival Caymmi. Yamandu Costa também brindou o público do Café Paraty, com seu talento único.
 
2006 – Abertura em grande estilo, trazendo um dos maiores ícones da música brasileira. Com estilo próprio e uma forte presença no palco, onde combina elementos da música, da literatura e do teatro, Maria Bethânia apresentou uma breve demonstração de sua trajetória artística e da união indissolúvel entre texto e canto.
 
2007 – Shows de João Donato e da Orquestra Imperial, com suas performances
efusivas de carnaval e funk, gafieira e soul, samba e bolero. Entre seus 18 integrantes estão, Wilson das Neves, Rodrigo Amarante (Los Hermanos), Moreno Veloso, Thalma de Freitas, Nina Becker, além do guitarrista Pedro Sá.
 
2008 – Shows de Luis Melodia fez uma leitura da produção de compositores como Geraldo Pereira e Cartola.
 
2009 – Shows de Adriana Calcanhotto com abertura de Romulo Fróes e banda.
 
 
 
COMO COMPRAR INGRESSOS?
O período de venda de ingressos vai das 10h do dia 1 de junho até meia-noite do dia 30 de junho pelo site e telfones abaixo e nos pontos-de-venda da Ingresso Rápido. Consulte horários de atendimento, taxas e formas de pagamento no site da Ingresso Rápido. A partir do dia 1 de julho, os ingressos serão vendidos apenas na bilheteria da FLIP em Paraty.

Site: www.ingressorapido.com.br
Tel.: 4003-1212

 
PREÇOS:
1 – Conferência de Abertura (Tenda dos Autores): R$ 30
2 – Show de Abertura (Tenda do Telão): R$ 30
3 – Mesas Literárias (Tenda dos Autores): R$ 30
4 – Transmissão das Mesas Literárias (ao vivo, Tenda do Telão): R$ 10
5 – Eventos da FLIP Casa da Cultura (ingressos vendidos apenas em Paraty, durante a FLIP): R$ 10
 
PROGRAMAÇÃO: – EM BREVE PROGRAMAÇÃO FLIP 2010

QUARTA-FEIRA, 01 de julho de 2009
Conferência de abertura

Davi Arrigucci Jr. Poucos estudiosos da literatura no Brasil escreveram sobre Manuel Bandeira com o brilho de Davi Arrigucci Jr. Capaz de aliar a leitura cerrada dos versos do poeta aos movimentos mais amplos do modernismo no país, Arrigucci Jr. é autor de ensaios incontornáveis sobre Bandeira, tais como Humildade, paixão e morte ou A beleza humilde e áspera. É o procedimento de leitura desses textos clássicos que serve de base para a conferência que o crítico e escritor faz em Paraty.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 19h

Show de Abertura
Aguarde confirmação do artista convidado de 2009
Tenda do Telão: R$ 30

Local: Tenda dos Autores
Hora: 21:30h

 
QUINTA-FEIRA, 02 de julho de 2009
MESA 1 – Novos traços
Rafael Coutinho
Fábio Moon
Gabriel Bá
Rafael Grampá

Raras vezes a produção de quadrinhos foi tão intensa no Brasil. Na trilha aberta por pioneiros como Larte e Angeli, esses jovens artistas têm flertado com a literatura e levado os quadrinhos brasileiros a um novo patamar de complexidade – alguns já venceram os prêmios mais prestigiosos da categoria, tanto no Brasil como no exterior. A primeira mesa da FLIP pretende ser um retrato desse ótimo momento e apresentar para o grande público os nomes-chave dessa geração.

Local:
Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 10h
 
MESA 2 – Separações
Rodrigo Lacerda
Domingos de Oliveira

Outra vida, o livro mais recente do escritor carioca Rodrigo Lacerda, examina a fundo um relacionamento amoroso em crise. Nesta mesa em Paraty, Rodrigo conversa com um dos artistas que exploraram com mais brilho o assunto no Brasil: o dramaturgo e cineasta Domingos de Oliveira, diretor de Todas as mulheres do mundo e Separações, entre diversos outros filmes.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 11:45h

 
MESA 3 – Verdades inventadas
Tatiana Salem Levy
Arnaldo Bloch
Sérgio Rodrigues

Em Elza, a garota, de Sérgio Rodrigues, a história da jovem morta pelo partido comunista serve de guia para um experimento ficcional ousado e bem urdido. Em Os irmãos Karamabloch, Arnaldo Bloch vale-se da história de sua família, fundadora da Rede Manchete, para compor um livro em que convivem traços de biografia, romance e memorialismo. Os três elementos também se fazem presentes em A chave de casa, premiado livro de estreia da carioca Tatiana Salem Levy.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 15h

 
MESA 4 – China no divã
Ma Jian
Xinran

Ma Jian, em Pequim em coma, remexeu em uma ferida delicada da história recente da China: o massacre da Praça da Paz Celestial, que completa vinte anos em 2009. Já a jornalista Xinran foi buscar cicatrizes mais antigas: seu livro mais recente, Testemunhas da China, traz relatos de sobreviventes da revolução cultural liderada por Mao Tse-tung, que matou em torno de um milhão de pessoas entre 1966 e 1976. Num caso como noutro, estão expostos os pontos cegos da nação que deve liderar a economia do século XXI.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 17h

 
MESA 5 – Deus, um delírio
Richard Dawkins

Nem precisaria ser no ano em que se completam duzentos anos do nascimento de Charles Darwin e 150 da publicação de seu livro mais importante, A origem das espécies. Mas a efeméride acrescenta um toque a mais à presença em Paraty de um dos darwinistas mais influentes em atividade no mundo, autor de O gene egoísta e Deus, um delírio.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 19h

 
SEXTA-FEIRA, 03 de julho de 2009
MESA 6 – Evocação de um poeta
Heitor Ferraz
Eucanaã Ferraz
Angélica Freitas

O maior indício da perenidade de um autor é sua influência sobre as gerações seguintes. Nesse quesito, poucos podem rivalizar com Manuel Bandeira, referência inescapável desde as primeiras manifestações do modernismo no Brasil. Nesta mesa, três nomes de destaque da nova poesia brasileira discutem a atualidade do poeta.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 10h

 
MESA 7 – A névoa da guerra
Atiq Rahimi
Bernardo Carvalho

O afegão naturalizado francês Atiq Rahimi ganhou o prêmio Goncourt pelo romance Syngué sabour (2008), centrado na história de uma mulher e do marido agonizante em meio ao conflito civil no Afeganistão. O filho da mãe (2009), de Bernardo Carvalho, também enquadra a violência da guerra por lentes sutis – o sofrimento das mães para saber sobre os filhos enviados para regiões de conflito. Esse é apenas um dos diversos pontos de partida para o debate entre os autores em Paraty.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 11:45h

 
MESA 8 – Sentidos da transgressão
Edna O’Brien
Catherine Millet


No início dos anos 1960, a irlandesa Edna O’Brien teve exemplares de seu livro Country girls queimados pela comunidade religiosa local, incapaz de aceitar que a vida sexual das personagens fosse descrita com tanta crueza. Em 2001, a crítica de arte francesa Catherine Millet fez de sua própria vida sexual movimentada o tema de um livro – e sacudiu as hostes conservadoras na Europa e nos Estados Unidos. Nesta mesa, elas conversam sobre as transgressões possíveis no século XXI.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 15h

 
MESA 9 – O eu profundo e outros eus
Mario Bellatin
Cristovão Tezza

Professor de uma escola de escritores no México, Mario Bellatin admite tudo – menos que o candidato a ficcionista inspire-se na própria vida para criar sua história. Um dos mais premiados autores brasileiros dos últimos anos, Cristovão Tezza fez exatamente isso em seu Filho eterno, e ninguém ousará dizer que não foi bem-sucedido. Qual, enfim, o papel da experiência pessoal na literatura? Eis o mote para a discussão entre os dois autores.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 17h

 
MESA 10 – Sequências brasileiras
Chico Buarque
Milton Hatoum

Em Leite derramado, Chico Buarque criou um narrador que personifica a desfaçatez da classe dominante brasileira. Em suas reminiscências delirantes, ecoam lembranças de família e uma visão ácida sobre a formação do país. Na obra de Milton Hatoum, reminiscência e memória familiar são igualmente uma pedra angular – mas que enquadram o país sob as lentes da presença árabe na Amazônia. O Brasil na visão desses dois grandes prosadores é o tema da mesa que eles compartilham em Paraty.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 19h

 
SÁBADO, 04 de julho de 2009
MESA 11 – O dissonante século XX
Alex Ross

Crítico de música erudita da revista New Yorker, Alex Ross fala sobre O resto é ruído (2007), recém-lançado no Brasil. O livro foi um dos maiores acontecimentos da crítica musical dos últimos anos nos Estados Unidos. Com raro fôlego, tino literário e consciência histórica apurada, Ross mescla a análise formal das obras dos principais compositores eruditos do século XX aos momentos políticos decisivos do período.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 10h

MESA 12 – Entre quatro paredes
Sophie Calle
Grégoire Bouillier

Em Prenez soin de vous, exposição que representou a França na Bienal de Veneza de 2007 e programada para acontecer em São Paulo em julho, Sophie Calle exibe a reação de 107 mulheres à carta de rompimento recebida de um ex-namorado. O escritor francês Grégoire Bouillier, autor de L’invité mystére, é o ex-namorado em questão. Pela primeira vez eles aparecem em público para discutir o episódio e embaçar ainda mais as fronteiras entre vida privada e vida pública, entre vivência pessoal e ficção.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 11:45h

 
MESA 13 – Segredos de família
Anne Enright
Tobias Wolff

Não é por acaso que a irlandesa Anne Enright e o americano Tobias Wolff já dividiram mesas em festivais pelo mundo afora: são muitas as afinidades entre as obras deles. Além da maestria no formato da narrativa curta, ambos têm na família fraturada um universo temático recorrente, de que é exemplo o irmão suicida em O encontro, de Enright, ou o padrasto violento no autobiográfico O despertar de um homem, de Wolff.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 15h

 
MESA 14 – Fama e anonimato
Gay Talese em conversa com Mario Sergio Conti

Gay Talese é um dos inventores do jornalismo contemporâneo – e ao mesmo tempo a encarnação dos dilemas da profissão. O autor responde por alguns dos textos mais precisos e bem costurados já feitos por um repórter, caso de “Frank Sinatra está resfriado”, de 1966. Em tempos de crise do jornalismo impresso, Talese representa um modelo de jornalista tão necessário quanto inatingível. Essa tensão entre o jornalismo de excelência que ele ajudou a criar e o jornalismo possível no século XXI é o centro de sua conversa com o jornalista brasileiro Mario Sergio Conti.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 17h

 
MESA 15 – Escrever é preciso
António Lobo Antunes

O português António Lobo Antunes é autor de mais de vinte romances, que em conjunto o situam entre os maiores estilistas da língua. Apesar do idioma comum a Portugal e Brasil, o autor não vem ao país desde 1983 e já declarou que não incluía o Brasil entre suas prioridades – preferia deixá-lo para o antípoda José Saramago. Este evento em Paraty vem corrigir a lacuna. Polemista contumaz e avesso a aparições públicas, Lobo Antunes conversa sobre essa e outras dimensões de sua trajetória.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 19h

 
DOMINGO, 05 de julho de 2009
MESA 16 – O futuro da América
Simon Schama em conversa com Lilia Moritz Schwarcz

O futuro da América, livro mais recente do historiador inglês Simon Schama, revê a história dos Estados Unidos a partir dos temas da guerra, da religião, da imigração e da fartura. Os protagonistas são personagens comuns que atravessam momentos-chave da história do país – atores da “história narrativa” de que Schama é um dos mais notórios praticantes. Sobre esse trabalho, Schama conversa com a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz – um dos nomes fortes dessa corrente historiográfica no Brasil.

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 11:45h

 
MESA 17 – Antologia pessoal
Edson Nery da Fonseca
Zuenir Ventura

A memória afetiva é o mote desta mesa que encerra a homenagem a Manuel Bandeira. Amigo e correspondente do poeta, o professor Edson Nery da Fonseca relembra os anos de convivência no Rio e em Pernambuco. Ex-aluno de Bandeira, Zuenir rememora os tempos de aprendizado com o mestre. Na mediação, o jornalista Humberto Werneck, biógrafo de Jaime Ovalle e bandeiriano de primeira linha.
Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 15h

 
MESA 18 – Livro de cabeceira

Convidados da FLIP leem trechos de seus livros prediletos.
Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10

Local: Tenda dos Autores
Preços: Tenda dos Autores: R$ 30 / Tenda do Telão: R$ 10
Hora: 19h

 
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