Festa da Diversidade

materia-terreiro-miolo-festaAnúncio de reforma da Casa de Omolu pelo MinC presenteia Ilê Axé Opô Afonjá. O secretário executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, esteve presente (01.08), no último dia de comemorações do centenário do Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, representando o ministro Juca Ferreira. Manevy visitou as obras financiadas pelo MinC na Casa de Oxalá, que deve ser entregue em setembro, para a festa das águas de Oxalá, e anunciou apoio do governo para reformar a Casa de Omolu.

Em pronunciamento, Manevy justificou a ausência do ministro, que está presidindo a 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, em Brasília. O ministro presidiu, ontem, a sessão que conferiu ao Brasil a inclusão de mais um bem à Lista do Patrimônio Mundial da Humanidade reconhecido pela Unesco: a praça de São Francisco, na cidade de São Cristovão (SE).

“Os terreiros são lugares privilegiados para a preservação das memórias ancestrais. O Ilê Axé Opô Afonjá é um dos mais importantes dos seus pilares”, disse Manevy. O secretário leu o discurso que o ministro havia preparado para o evento. “Mãe Aninha, a fundadora do Axé Opô Afonjá, aqui hoje homenageado, é um dos maiores exemplos na história nacional de uma política sem partidos, que caracteriza a dimensão litúrgica dos descendentes de africanos no Brasil”, destacou.

Em um trecho do discurso lido por Manevy, o ministro Juca Ferreira afirma que “lidando com as diferenças (as irmandades religiosas, o convívio com intelectuais), o terreiro deixa uma lição republicana para a atualidade: espiritualidade é, antes de tudo, independência do espírito frente aos dogmas e às verdades absolutas. Quando se é pleno de espírito, respeita-se a diferença, respeita-se a crença do outro. Isso é grandeza, isso é, junto com o axé guardado, um dos conteúdos preciosos do Axé Opô Afonjá”.

Sobre o apoio recebido do Ministério da Cultura, Mãe Stela disse que “uma forma de agradecer a cada um que está de mãos dadas conosco é pedir nos pés de cada Orixá para que tudo evolua bem na vida espiritual de vocês”.

Durante os festejos, houve o lançamento, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), de um selo personalizado e um carimbo comemorativo. Também houve a inauguração do Busto de Mãe Aninha, o lançamento de publicações, dança, capoeira, documentário e palestras. O encerramento das comemorações foi embalado pelo ritmo da banda Aiyê (Ilê Aiyê), que agitou os convidados durante a celebração do centenário.

 

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