O livro “Em Alguma Parte Alguma”, de Ferreira Gullar, foi eleito o “Livro do Ano” de ficção e “1822”, de Laurentino Gomes, foi eleito o “Livro do Ano” na categoria de não ficção da 53º edição do Prêmio Jabuti.
Na premiação, que ocorre em duas fases, os dois autores já haviam ficado em 1º lugar nas categorias de poesia e reportagem, respectivamente. Ao receber a premiação máxima, Gullar agradeceu e falou, modesto, que não sabia se “poesia é literatura”: “Não sei se poesia é literatura, acho que só fazemos porque a vida não basta.”
Laurentino Gomes fez um agradecimento especial aos historiadores. “É com senso de missão de contribuir para a educação e para a transmissão de conhecimento que recebo esse prêmio. Nesse ambiente de construção de conhecimento coletiva, a história é chamada para essa missão. Faço uma homenagem a todos os historiadores brasileiros, que são a fonte em que bebo”, salientou.
Um corpo de 87 jurados analisou mais de duas mil obras inscritas. Na primeira etapa, foram escolhidos os 10 melhores livros de cada categoria; depois, foram escolhidos os três melhores. Os “Livros do Ano” ganham prêmio de R$ 30 mil. Os primeiros lugares de cada categoria ganham R$ 3 mil cada.
Concorreram ao prêmio obras inéditas, editadas no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2010.
A edição deste ano do Jabuti ganhou oito categorias a mais do que em 2010 e passou por mudanças no regulamento, após a polêmica em torno do prêmio concedido a Chico Buarque. O romance do escritor e compositor, “Leite Derramado”, segundo lugar na categoria romance, havia levado o grande prêmio de ficção, gerando reclamações e até uma petição on-line para que Chico devolvesse o prêmio.
Ao contrário das edições anteriores, quando segundos e terceiros colocados poderiam ser laureados com o Jabuti de livro do ano, neste ano só os primeiros colocados em cada uma das categorias puderam concorrer.
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