Durante os sete dias do Festival os alunos participarão de 95 oficinas – sendo 65 voltadas aos alunos, 10 aos 550 professores participantes e 20 atividades culturais. Além das oficinas, os alunos e a comunidade poderão assistir, diariamente, cerca de 90 shows musicais e apresentações de dança, teatro e literatura de profissionais e de alunos. “O Festival de Arte é um dos projetos integradores em que empregamos nossas forças, da mesma forma, em que realizamos Jogos Estudantis e em breve a” Educação Com Ciência “. Assim formaremos o tripé da educação, tendo ações voltadas ao esporte, às artes e à ciência”, completou Mauricio Requião.
Oficinas – As atividades artísticas e culturais começaram na manhã desta sexta-feira (02) em ritmo acelerado de produção. Uma das oficinas que se destaca no gosto das crianças é a de musicalização, na qual aproximadamente 900 alunos estão aprendendo a tocar flauta doce.
“É incrível. Após duas horas de aula, os alunos, que na maioria nunca tiveram contato algum com a música, já estão tocando a primeira música ensinada”, disse o secretário da Educação, Maurício Requião, na visita que fez a oficina. Na opinião do secretário, as oficinas estimulam o aluno a descobrir o seu potencial, o que é capaz de fazer.
Segundo o maestro que ministra a oficina, Walmir Marcelino Teixeira, o mais importante para o aprendizado dos alunos na música é realização da união entre a prática e a teoria. “Essa é a nossa proposta. Dar o instrumento para que eles possam fazer a relação entre o que eles cantam e o que eles tocam”, disse.
De acordo com Walmir, outro ponto de grande relevância é a relação entre os sons e a escrita musical. “Não dá para dizer que eles saem daqui músicos. Mas, depois dos seis dias da oficina saem tocando muitas coisas, aproximadamente 15 músicas. Isso facilita na continuidade dos estudos de música”, garante.
Participantes – Para Luzia Aparecida de Avelar Fabiano (18), estudante do Colégio Estadual Campos Sales, de Campina Grande do Sul, está sendo muito bom participar da oficina. “Adoro música já toco teclado e canto, mas a flauta – que tem um som muito bonito – eu não sabia. No começo tive um pouco de dificuldade, mas fui auxiliada pelo instrutor”.
Luzia é umas das participantes da oficina que têm deficiência visual. Já George da Silva (18), aluno da do Colégio Estadual José Bonifácio, de Paranaguá, e também deficiente visual, conta que também adora música. “Gosto de instrumentos de percussão, toco pandeiro e estou aprendendo tocar bateria. Mas estou gostando muito de aprender a flauta doce”, disse e ressaltou que: “Gostei que distribuiram material em braille. Poderei treinar em casa”.
Diogo Samuel Ferreira Rodrigues (17), estudante do Colégio Estadual Professora Zilah dos Santos Batista, de Paranaguá, disse que não está tendo muitas dificuldades para aprender a tocar a flauta, por ser músico. “Percebo que quem tem um conhecimento de música está aprendendo rápido, mas o espantoso é que as pessoas que nunca estudaram estão conseguindo acompanhar bem as aulas também”, disse.
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