FARSA DA BOA PREGUIÇA NA CAIXA CULTURAL CURITIBA

A CAIXA Cultural apresenta o espetáculo “Farsa da Boa Preguiça”, com texto de Ariano Suassuna e direção de João das Neves, um dos fundadores do Grupo Opinião. A comédia musical, que fica em cartaz de 25 a 27 de novembro, marca os 50 anos de carreira do diretor e conta com elenco formado por Guilherme Piva, Bianca Byington e Jackson Costa.

O texto narra a história de Joaquim Simão, um preguiçoso poeta de cordel casado com a religiosa Nevinha. Aderaldo Catação – apaixonado por Neivinha – e Clarabela – que se insinua para Simão – formam o casal mais rico da cidade e possuem um relacionamento aberto. Três demônios fazem de tudo para que o pobre casal caia no pecado, enquanto dois santos tentam intervir, sob os olhos e avaliação de Jesus.

“Ao encenar esse texto, queremos reverenciar o mestre Ariano Suassuna e sua obra. Queremos celebrar, com carinho e alegria, aquilo que somos: artistas do povo brasileiro”, resume João das Neves. Para Suassuna, o texto tem dois temas centrais: “não defendo indiscriminadamente a preguiça — coisa que, aliás, não poderia fazer, pois ela é um dos ‘sete vícios capitais’do Catecismo. No Teatro antigo, havia uma convenção, segundo a qual, no fim da história, o autor podia dar sua opinião sobre o que acontecera no palco. Era a chamada ‘licença’, ou‘moralidade’”.

A peça conta com a utilização de bonecos de mamulengo – tipo de fantochetípico do Nordeste, especialmente em Pernambuco, que fazem parte do universo de Suassuna. Os mamulengos representam cada personagem e trazem as características físicas de cada ator, se revezando com os atores na representação.

O texto é rimado, característica muito presente nas obras do autor paraibano. Entre os momentos musicados do espetáculo, está a música de abertura composta pelo próprio João das Neves. “A sonoridade que estou construindo para o espetáculo é a que encontramos no universo do Ariano, uma mistura de música nordestina de raiz, música folclórica, e, como não poderia deixar de faltar, música armorial. Essa música armorial é uma mistura da música nordestina de raiz com música medieval e clássica”, explica Alexandre Elias, diretor musical.

Os próprios atores cantam, dançam e tocam diversos instrumentos, como violão, cavaquinho, percussão, entre outros.“Mesmo quando o ator vem me dizer que não sabe cantar nem tocar nada eu o coloco pra ralar e, no final, todos viram músicos. Porque, ao meu ver, a música está dentro de todas as pessoas, todos nós somos seres musicais e podemos fazer música e cantar. O canto é nosso instrumento musical natural e orgânico”,acrescenta Elias.

A peça teve indicação para vários prêmios: direção (João das Neves), música (Alexandre Elias), atriz (Bianca Byington) e figurino (Rodrigo Cohen), que efetivamente levou o troféu de melhor figurino no Premio Shell de teatro de 2009, além do Prêmio Contigo de Melhor Musical Brasileiro.

Sobre Ariano Suassuna:

O romancista e dramaturgo Ariano Suassuna é uma das mais importantes referências da literatura brasileira. Fundador do Movimento Armorial, Ariano tem sua obra permeada por valores e personagens da cultura popular nordestina e de clássicos da literatura universal. O autor do “O Auto da Compadecida” é o poeta das raízes mais fundas da nacionalidade, e já foi comparado a Dante e Cervantes.

Sobre João da Neves:

O autor e diretor carioca João das Neves iniciou sua carreira profissional em 1959. Em 1964, fundouao lado de Ferreira Gullar, Oduvaldo Vianna Filho, Teresa Aragão, Paulo Pontes, Pichin Plá, Armando Costae Denoy de Oliveira, o Grupo Opinião, um dos principais focos de resistência político-cultural das décadas de 60 e 70.

O diretor sempre privilegiou montagens de textos, tanto nacionais quanto estrangeiros, que poderiam servir de enfoque para a situação política do Brasil nos anos da ditadura militar. Recebeu o prêmio Molière de melhor direção, o prêmio Brasília de melhor autor, ambos em 1976, e o prêmio Mambembe de melhor diretor em 1977. Em 2007, encenou o musical “Bezouro- Cordão de Ouro”, com o qual foi indicado para diversos Prêmios, inclusive o Prêmio Shell de Teatro, como Melhor Diretor.

Ficha Técnica:

Autor: Ariano Suassuna

Elenco: Guilherme Piva, Bianca Byington, Jackson Costa, Daniela Fontan, Flavio Pardal, Francisco Salgado, Leandro Castilho e Vilma Melo

Direção cênica: João das Neves

Direção musical: Alexandre Elias

Direção de movimento: Duda Maia

Duração: 120 minutos

Serviço:

Teatro: Farsa da Boa Preguiça

Local: CAIXA Cultural – Rua Conselheiro Laurindo, 280 -Curitiba – PR

Data: De 25 a 27 de novembro

Horários: sexta e sábado às 21h, domingo às 19h

Ingressos: R$20 e R$10 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)

Bilheteria: (41) 2118-5111(de terça a sexta, das 12h às 19h, sábado e domingo, das 16h às 19h).

Classificação etária: Não recomendado para menores de 12 anos

Lotação do teatro: 125 lugares (02 cadeirantes)

www.caixa.gov.br/caixacultural

18/11/2011

Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Curitiba (PR)

(41) 3544-5641

www.caixa.gov.br/imprensa

www.caixa.gov.br/caixacultural

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