“No mar da minha angústia encontrei e bonança nas águas e nos peixes multicoloridos da tua existência”.
Esta exposição ja foi apresentada em Curitiba, agora abre na cidade de Araucária e depois segue para mais 4 cidades no Paraná.
A abertura será nesta sexta-feira, dia 13 de julho, no Museu Tingüi-Cuera, a partir das 19h
Museu Tingüi-Cuera
Rua Ceará, 65 – Jardim Iguaçu
Araucária Paraná (41) 3901-5037
Esta é uma poesia que Luiz Artur Montes Ribeiro fez especialmente para esta exposição:
No mar da minha angústia…
No mar da minha angústia encontro um barco à deriva
pensamento angustiante que passa despercebido
Neste mudo angustiante beijo o vento nado para o nada
A cada braçada sinto o peso do nada, da vida, legada ao consumo do inexistente
que permeia o mar da minha angústia
Olho, nado
Afogo-me, momentaneamente, nas lágrimas do nada
Canso, quase desisto
Falta-me o olhar
O desejo de seguir
Não percebo o encontro
beijo, novamente, o vento
Mergulho no passado tão próximo
quero pegá-lo
Vejo a miséria do acaso, compassivo, fico no percurso do meu corpo
Momentos de angústia reproduzem a solidão beijo e vento, e não beijo a vida
é o mito do crepúsculo da morte
Bebo o sal da ignorância beijo o vento e não a vida
nado para o nada neste mar da minha angústia…
Páro de nadar para o nada
Olho para a vida e percebo que
No mar da minha angústia encontrei a bonança
nas águas e nos peixes multicoloridos da tua
existência!
Luiz Arthur Montes Ribeiro
Curitiba/Araucária/julho de 2007.