Em rota de Choque

 

 

O PT divulgou nota criticando as demissões do presidente da Funarte, Antônio Grassi, e do secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Márcio Meira.

Publicada no site do partido, a nota foi elaborada pela Secretaria Nacional de Cultura do PT, que diz discordar “no mérito e na forma” das demissões.

Ambos souberam do afastamento, no final de 2006, por intermédio do chefe de gabinete do ministro Gilberto Gil, Adolpho Netto, e pelo secretário de Políticas Culturais, Alfredo Manevy. Esse é um dos motivos de crítica petista. “Demitir alguém pela imprensa, e ainda mais por intermediários, não honra o Ministério da Cultura”, afirma a nota.

Quanto ao mérito das demissões, a nota diz que se trata “do afastamento de dois servidores competentes, comprometidos com o programa apresentado pelo presidente Lula ao Brasil e que ao longo dos quatro anos de governo sempre foram leais ao presidente e ao ministro da Cultura”. Segundo a nota, a decisão do Ministério da Cultura de demiti-los contradiz a avaliação interna e externa “altamente positiva” do desempenho dos dois.

“A atuação de Antônio Grassi e sua equipe à frente da Funarte [Fundação Nacional de Arte] reergueu a instituição depois de um longo período de abandono.” Já a “condução de Márcio Meira e sua equipe às atividades da Secretaria de Articulação Institucional resultou na assinatura do protocolo que abre caminho para a constituição pactuada do Sistema Nacional de Cultura, política estruturante indispensável para a consolidação do Minc como mecanismo republicano de formulação de políticas públicas de cultura”, diz a nota.

Outro lado
Gilberto Gil preferiu, ontem, não se manifestar a respeito da nota. Sua assessoria de imprensa informou que a demissão de Grassi já foi explicada na última sexta-feira por meio de um comunicado. A nota diz que “o Minc realiza algumas alterações pontuais entre seus quadros dirigentes” em meio a um “novo ciclo de trabalho, marcado pelo aprofundamento e pela ampliação das políticas”.

Gil se reunirá hoje com Grassi no Rio de Janeiro, para informá-lo pessoalmente sobre a demissão. Ainda não há previsão de Gil se encontrar com Meira.

Um dos nomes cotados para suceder Grassi é o do também ator e petista Celso Frateschi. Ele foi secretário de Cultura das prefeituras de São Paulo e Santo André nos governos Marta Suplicy e Celso Daniel. O compositor José Miguel Wisnik foi sondado para o posto, mas recusou a oferta

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