Divulgada lista de patronáveis da Feira do Livro de Porto Alegre

A Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL) divulgou, na manhã desta terça-feira, a lista com os nomes dos dez patronáveis da 59ª Feira do Livro de Porto Alegre. Na próxima etapa da eleição, associados, diretoria da CRL, ex-patronos e representantes da comunidade cultural votam em três dentre os indicados. O nome do patrono deve ser anunciado no início de setembro.

Na escolha serão levados em conta aspectos como qualidade, extensão e importância do conjunto da obra; representatividade no meio intelectual e na sociedade; e serviços prestados ao livro.

A seguir, confira os patronáveis da Feira:

Airton Ortiz – Nasceu em Rio Pardo (RS) em 1954. É jornalista, explorador e escritor especializado em viagens. Seus livros são resultado de viagens que empreende em busca de aventuras para contar aos leitores. Até o momento, já lançou 15 dessas narrrativas, incluindo Expresso para a Índia (2003) Na Estrada do Everest (2001), Pelos Caminhos do Tibete (2002), Egito dos Faraós (2005) e Havana (2010). Também já experimentou a prosa de ficção, com os romances Cartas do Everest (2008) e sua obra mais recente, Gringo, publicada no ano passado.

Caio Riter – Natural de Porto Alegre, é professor e escritor. Mestre e doutor em Literatura Brasileira, ministra oficinas de criação literária e tem diversos livros publicados, entre infantis, juvenis e contos. Entre as obras publicadas estão Eu e o silêncio do meu pai, Sete patinhos na lagoa, Pedro Noite e As luas de Vindor. Em 2012 foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria Juvenil com A filha das sombras. Recebeu os prêmios Açorianos (2004, 2006 e 2009), 1º Prêmio Barco a Vapor (2005), Ages – Livro do ano (2005 e 2006), Orígenes Lessa (2007), além do Selo Altamente Recomendável (2007) e de participar dos Catálogos de Bolonha e White Ravens. Teve vários livros selecionados por programas governamentais, tais como PNBE e Kit Escolar BH.

Celso Gutfreind – Nasceu em Porto Alegre em 1963. É médico, doutor em psicologia clínica e pós-doutor em Psiquatria da Infância e da Adolescência. Sua atuação acadêmica é voltada para a pesquisa da utilização terapêutica do conto, reunida no livro O Terapeuta e o Lobo. Já
publicou 26 livros, reunindo poesias, ensaios e literatura infantil. Entre os trabalhos de não ficção, um dos destaques é Narrar, Ser Mãe, Ser Pai. Entre outros títulos, contam-se Fera Domada (reeditado em 2010 como O Nome da Fera), É Fogo, A Dança e o Verbo, A
Almofada que não Dava Tchau
e Domingo para Sempre & Outras Histórias sobre Nunca. Seu trabalho mais recente foi o livro de poemas Em Defesa de Certa Desordem, publicado este ano.

Cíntia Moscovich – Nasceu em Porto  Alegre em 1958. É escritora, jornalista, mestre em Teoria Literária e foi diretora do Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul. Em 1995, ganhou o Concurso de Contos Guimarães Rosa, da Rádio France Internationale, de Paris. Entre suas obras, estão O reino das cebolas, de 1996, que rendeu indicação para o Prêmio Jabuti.
Já lançou livros de contos, como Anotações durante o Incêndio e Arquitetura do Arco-Íris, e romances como Duas Iguais e Por que Sou Gorda, Mamãe?. Em 2009, uma de suas histórias curtas foi incluída na nova edição da antologia Os Melhores Contos Brasileiros do
Século
, organizado por Ítalo Moriconi para a editora Objetiva. Seu mais recente trabalho foi o volume de contos Essa Coisa Brilhante que é a Chuva (2012).

Cláudia Tajes – Escritora e
publicitária, nasceu em Porto Alegre, em 1963. É colunista do caderno Donna, de
ZH. Também atua como roteirista de televisão. Sua obra é composta de romances
que fazem do humor o tom dominante, com um olhar irônico dedicado às mazelas da
mulher contemporânea. Entre seus livros publicados estão As Pernas de Úrsula
& Outras Possibilidades
(2001), Dez (Quase) Amores (2002),
A Vida Sexual da Mulher Feia (2005), Louca por Homem (2007)
e Só as Mulheres e as Baratas Sobreviverão (2010). Seu trabalho mais
recente foi o romance Por Isso eu Sou Vingativa, lançado na Feira do
Livro de 2011. No mesmo ano, sua obra Louca por Homem foi adaptada para
a série Mulher de Fases, do canal HBO.

David Coimbra – Nascido em Porto Alegre em 1962, é jornalista de Zero Hora, da Rádio Gaúcha e da TVCOM. É também um dos cronistas mais lidos do Estado e já
publicou reuniões de seus textos de imprensa em volumes como A Mulher do
Centroavante
e A Cantada Infalível. Praticante contemporâneo da
arte ancestral do folhetim, David também já publicou em seu blog histórias seriadas que mesclam erotismo, humor e atmosfera pulp – algumas delas mais tarde editadas em livro,
como Pistoleiros Também Mandam Flores (2007) e Cris, A Fera, e
outras Mulheres de Arrepiar
(2008). Também enveredou pelo romance
transformando o fato histórico da tragédia da Rua do Arvoredo, em Porto Alegre,
na narrativa Canibais (2005). Seu trabalho mais recente é o ensaio de
divulgação histórica Uma História do Mundo
(2012).

Fabrício Carpinejar – Poeta, jornalista e mestre em Literatura Brasileira pela UFRGS, Carpinejar nasceu em Caxias do Sul em 1972.
É autor de, entre outros, As solas do sol (1998), Biografia de uma árvore (2002), Caixa de sapatos (2003), e Como no céu/Livro de visitas (2005). Ganhou duas vezes o Prêmio Açorianos, em 2001 e 2002, na categoria poesia, e recebeu em 2009 o Prêmio Jabuti na categoria Contos e
Crônicas com sua coletânea de crônicas Canalha!. A partir daí, passou a
publicar regularmente coletâneas de crônicas, como Mulher Perdigueira
(2010) e Borralheiro (2011). A mais recente, lançada este ano, é Espero Alguém.

Francisco Pereira Rodrigues – Com cem anos de idade, é o mais velho candidato a patrono desde a instituição do atual método de escolha. Nascido em Santo Amaro, é advogado, contista, poeta e escritor, e tem uma obra voltada para o regionalismo e para os temas gauchescos.
Foi presidente da Estância da Poesia Crioula e da Academia Rio-Grandense de
Letras. Entre as suas obras estão Cincerros de Sol (1982), Quintilhas do Meu Tear (1983), Governicho e a Revolução Federalista (1990) e Um Pedaço do Rio Grande (1994), entre outros,
além de artigos em jornais e revistas especializadas.

Luís Augusto Fischer – Crítico, professor de literatura brasileira na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e escritor, nasceu em Novo Hamburgo, em 1958. É colunista do jornal Zero Hora. Tem publicados vários livros de contos, crônicas e ensaios. É autor de um best-seller local, o Dicionário de Porto-Alegrês (1999), e também do Dicionário de Palavras e Expressões
Estrangeiras
(2004). Já enveredou pela prosa de ficção com os livros de contos Rua desconhecida, o Edifício do lado da sombra e a novela Quatro Negros (2005). Foi o organizador da mais recente  edição de Contos Gauchescos e Lendas do Sul, de Simões Lopes Neto,
bem como dos inéditos Terra Gaúcha – Histórias de Infância e Artinha de Leitura, do mesmo autor, publicados este ano.

Maria Carpi – Nascida em Guaporé, em 1939, mora em Porto Alegre desde os 15 anos. Começou a publicar seus poemas aos 50 anos. É mãe de outro dos candidatos desta edição, Fabrício Carpinejar. Professora, advogada, Defensora Pública, já publicou, entre outros, Nos Gerais da Dor (1990), Desiderium Desideravi (1991), Vidência e Acaso (1992) e A Migalha e a Fome (2000). Também organizou as antologias pessoais Pequena Antologia (1992) e Caderno das Águas. Seu livro mais recente, A Chama Azul, venceu o Açorianos 2012 na categoria Poesia.

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