Dia do Poeta da Literatura de Cordel 1 de agosto
O poeta da literatura de cordel utiliza de rimas, versos, ilustrações e muita inspiração para criar obras e dar continuidade à tradição da literatura de cordel pelas regiões do Brasil. Por isso, o seu dia é comemorado no dia 1º de agosto.
Esse gênero literário recebeu o nome de “cordel” devido ao modo como os poetas da literatura de cordel criavam suas obras em folhetos e colocavam em exposição para venda, de forma a ficarem pendurados em barbantes, cordas ou cordéis.
MAS, O QUE É A LITERATURA CORDEL?
Escrita de forma rimada, a partir de relatos orais, e impressa em folhetos expostos em cordéis, a literatura de cordel é um gênero literário que se popularizou muito, principalmente na região Nordeste do país.
A literatura de Cordel começou a efetivamente ganhar forças no Brasil a partir do século XIX devido à sua maneira simples de se expressar, buscando informar a população da época de um modo divertido e descontraído.
Uma das principais características desse gênero literário é a presença da oralidade em seus versos e rimas. Além disso, possui uma linguagem informal e busca tratar sobre temas diversos baseado no humor e sarcasmo.
A literatura de cordel é rica pois aborda diversos elementos da cultura brasileira, como o próprio folclore do país, a nossa realidade social vivenciada e diversos acontecimentos históricos, além de abordar temas políticos e religiosos.
Além disso, a literatura de cordel possui uma característica muito própria que são as gravuras em madeira, ou xilogravuras, que servem para ilustrar, dar imagem e cores aos poemas escritos.
Abordamos a seguir duas obras importantes que falam sobre a construção e o crescimento da literatura de cordel no Brasil. Confira!
1ª OBRA: “A ARTE DO POVO: HISTÓRIAS NA LITERATURA DE CORDEL (1900-1940) ”
Essa importante obra aborda uma análise da literatura de cordel feita no início de século XX. Esse período foi responsável principalmente pela grande popularização do folheto como o suporte material do cordel.
Como veículo da cultura do cordel, o folheto não apaga a oralidade característica dessa forma literária, mas sim auxilia em uma maior amplitude desse gênero literário por todo o Nordeste do país.
Portanto, a obra “A Arte do Povo: Histórias na Literatura de Cordel (1900-1940) ”, da autora Maria Ângela de Faria Grillo, possui um viés investigativo sobre a história cultural, história da leitura e da cultura popular brasileira.
2ª OBRA: “CORDEL, FANTASIA E POESIA”
Essa obra, de Anderson Fávero Rodrigues, analisa como se dão as relações entre a cultura e a literatura de cordel, além de sua evolução artístico-literária e qual a sua influência na comunicação de massa.
A reflexão da obra se baseia na passagem do modo carnavalesco da poética e da estética dos folhetos de cordel para o samba e para a Marquês de Sapucaí, no desfile visual e musical da escola de samba Salgueiro.
Por fim, “Cordel, Fantasia e Poesia” aborda ainda o grande desafio em relacionar a modernidade e as inovações atuais dos desfiles aos temas clássicos da literatura de cordel, através das rimas e versos.
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