Dos 61 empreendedores brasileiros que participarão da 2ª edição do Mercado de Indústrias Culturais dos Países do Sul (Micsul), 10 atuam na área de design. Para eles, o evento é uma oportunidade de mostrar o trabalho realizado e tornar a marca mais conhecida, além de fazer negócios e rede de contatos com outros países. A iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) ocorre entre os dias 17 e 20 de outubro, em Bogotá, capital da Colômbia.
Henrique Catenacci, designer e diretor criativo do Labis Design, é um dos selecionados e participará, pela primeira vez, do Micsul. Desde 2011, a empresa, que integra o grupo italiano Artefice Group, busca trazer ao Brasil o know-how da equipe, incorporando a experiência europeia à ousadia de um mercado brasileiro. “Nosso foco é no desenvolvimento e na gestão de marcas”, conta Henrique. “Nossa expectativa durante o Micsul é gerar visibilidade para a Labis Deisgn e poder trocar experiências, além de conhecer o que está acontecendo no mercado de criatividade na América Latina”, completa.
O instituto Ecotece trabalha com a temática da moda sustentável (Foto: Divulgação)
A diretora do Ecotece, Lia Spinola, também participará do evento. O instituto atua há 11 anos com moda e design sustentável e desenvolve produtos inovadores criados coletivamente com marcas e grupos produtivos ligados ao comércio. Será a segunda vez da diretora no mercado. “Eu participei do Micsul em 2014, em Mar del Plata, e achei muito interessante a possibilidade de você poder apresentar o seu trabalho. No Micsul, você mostra o que está sendo feito no Brasil. De lá, fizemos parcerias, conhecemos muita gente e fizemos uma rede de troca de conhecimentos sobre sustentabilidade e tecnologia ligada a isso”, conta.
Para a artesã Camila Natália Rocha Magalhães, esta também será a segunda vez no Micsul. Camila é uma das fundadoras de Incomum, marca mineira que, há 10 anos, recria a natureza e outras inspirações por meio de cerâmica plástica. Toda produção é feita à mão: o processamento da massa, a criação das estampas e a confecção dos adornos. “O primeiro Micsul foi uma experiência única para toda a América Latina, acho que este ano estará mais amadurecido”, avalia Camila. “No ano passado, fizemos muitos contatos e, graças a eles, participamos de duas feiras no Equador, vendi bastante lá. Neste ano, espero fazer ainda mais contatos”, completa.
Os projetos desenvolvidos pelo designer Sérgio José de Matos no estúdio que leva seu nome também serão levados para Bogotá. “O estúdio trabalha com desenvolvimento de mobiliário, sempre em conjunto com comunidades da Paraíba. Também fazemos consultorias para comunidades no Amazonas”, explica Sérgio. “É minha primeira vez no Micsul e acredito que, para o estúdio, é a possibilidade de poder trabalhar com outros países”, acrescenta.
O Micsul
Criado por iniciativa dos Ministérios da Cultura de dez países sul-americanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) e destinado a micro e pequenos empreendedores, o Micsul é o principal encontro voltado a mercados culturais e criativos da América do Sul. O evento incentiva o consumo e a circulação cultural na região, além de impulsionar a venda e a comercialização de bens e serviços. A expectativa é que, neste ano, o Micsul reúna mais de 3 mil pessoas dos países da América do Sul, além de compradores da América do Norte, Europa, Ásia e África.
Além de estandes institucionais, o evento contará com fóruns de discussão, rodadas de negócios, cafés setoriais, desfiles de moda, showcases de música e artes cênicas e sessões de pitching – nas quais são feitas apresentações curtas com objetivo de conquistar o interesse do investidor ou cliente.
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