Dados de desempenho relacionados a diferentes segmentos do turismo nacional reforçam as perspectivas de recuperação do setor em meio à pandemia. Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (ABRACORP), por exemplo, o ramo alcançou um faturamento total de R$ 869 milhões no último mês de março, número apenas 2% inferior ao registrado no mesmo mês de 2019 (R$ 890 milhões).
O resultado é atribuído a fatores como o fim de restrições devido à Covid-19, a partir do avanço da vacinação, além do retorno de viagens corporativas e de grandes eventos presenciais. O setor já havia acumulado receitas de R$ 4,3 bilhões em 2021, uma alta de 18% na comparação com 2020. Conforme estudos da Abracorp, que analisam 11 setores do mercado, todos apresentaram aumentos em março, com destaque para serviços aéreos, hotéis e locação de automóveis.
O ministro do Turismo, Carlos Brito, avalia que os números evidenciam a contribuição de medidas adotadas pelo governo federal para apoiar o setor. “Recentemente, por exemplo, prorrogamos o prazo da lei sobre cancelamentos e remarcações nos setores de turismo, eventos e cultura, o que favorece a manutenção de atividades. Sob a orientação do presidente Jair Messias Bolsonaro, seguimos atentos às necessidades do setor, a fim de proporcionar que voltemos o mais rapidamente possível aos níveis pré-pandemia”, ressalta.
Uma pesquisa de abril da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) reforça o otimismo do setor. Conforme o levantamento, o ramo, que fechou 2021 com um faturamento 37% superior ao de 2020 (R$ 19,2 bilhões), deslocamentos domésticos seguem liderando a retomada do turismo. O estudo mostra que, no primeiro trimestre deste ano, os destinos mais procurados foram São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Gramado, Fortaleza, Maceió, Porto de Galinhas e Salvador.
Outra mostra de recuperação se refere a fevereiro e foi apontada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP). Com base nos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve alta de 17,8% no faturamento do turismo nacional (R$ 13,2 bilhões) na comparação com o mesmo mês de 2021. Os avanços partiram de grupos como hospedagem e alimentação, com aumentos de 53,3% e 13,4%, respectivamente.
ESTRANGEIROS – Dados da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) também revelam boas perspectivas quanto à chegada de estrangeiros ao país. Segundo a agência, com o retorno de celebrações religiosas e o Carnaval fora de época, entre outros fatores, mais de 530 mil visitantes internacionais ingressaram no Brasil no primeiro bimestre de 2022, conforme o Sistema de Tráfego Internacional (STI) da Polícia Federal.
“Esses números demonstram que estamos no caminho certo para fortalecer ainda mais a retomada do turismo brasileiro. Nosso país é um dos melhores do mundo em termos de diversidade de destinos. Temos muito a oferecer aos visitantes de outros países e estamos trabalhando para mostrar todo nosso potencial”, destaca Silvio Nascimento, presidente da Embratur.
SUPORTE – A Medida Provisória nº 1.101, publicada em 22 de fevereiro de 2022, alterou novamente prazos da Lei nº 14.046/2020, sobre regras de cancelamentos, remarcações e reembolsos nos setores de turismo, eventos e cultura. Segundo a MP, proposta pelo MTur e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o cliente tem até 31 de dezembro de 2023 para remarcar ou usar créditos no abatimento ou compra de serviços. (Saiba mais AQUI).
Outra iniciativa adotada pelo MTur no sentido de apoiar o setor é a disponibilização do Selo Turismo Responsável, que indica o cumprimento de medidas de prevenção à Covid-19 na área. O selo, que já soma 31.235 adesões no país, define protocolos para 15 segmentos turísticos, incluindo guias de turismo. Lançada em junho de 2020, a ação colocou o Brasil entre as 10 primeiras nações do mundo a implementar providências do tipo. (Saiba AQUI como aderir)
Por André Martins
*Com informações da Embratur
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
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