Demitidos da Orquestra Sinfônica.

Uma semana após terem recebido oferta de recontratação por parte da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), os 33 músicos demitidos enviaram na noite de ontem, por meio do Ministério do Trabalho, uma contraproposta.

Eles aceitaram os termos da oferta da OSB que previa a criação de uma segunda orquestra –com reversão da demissão por justa causa, reintegração sem a regência do maestro
Roberto Minczuk, sem avaliação de desempenho e mantendo o mesmo regimento original–, mas propuseram nove outros itens que ainda serão avaliados pelo Conselho Curador.

Em sua contraproposta, os demitidos pedem garantias de “aporte de recursos humanos e financeiros para a captação e desenvolvimento de projetos, de maneira isonômica às
duas orquestras”. Também pedem que a orquestra a ser formada por eles tenha um “diretor artístico específico, eleito pelos músicos do novo corpo orquestral”.

Fernando Bicudo e Pablo Castellar, diretores artísticos da OSB, disseram já ter encaminhado a contraproposta dos músicos ao Conselho Curador, mas não souberam precisar em que prazo o órgão decidirá se acata ou não os pedidos dos demitidos.

“Todos querem uma resposta o mais rápido possível. Recebemos essa proposta ontem à noite e a retransmitimos para que o conselho se posicione. Vamos torcer para que isso termine logo”, disse.

Déborah Cheyne, presidente do Sindicato dos Músicos, disse que a proposta de criação de uma nova orquestra não é a ideal, mas que a maioria dos músicos decidiu aceitá-la para
tentar por fim à disputa que se arrasta há sete meses.

“Vindo de uma orquestra que só teve um corpo artístico a vida inteira, é uma ideia muito louca, não sei de onde saiu isso. Mas não queremos também desperdiçar essa oportunidade.”

Cheyne considera que um eventual acerto será uma vitória dos demitidos.

“Voltamos com uma vitória, não temos mais o maestro Minczuk nos regendo, o que é fundamental, porque ele foi um dos pivôs de toda essa confusão. E não teremos de fazer essa avaliação de desempenho, que foi a gota d’água para a nossa saída.”

 

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