COXINHA DE GALINHA A VERDADEIRA

 

Na fazenda vivia o filho da Princesa Isabel que só comia coxas de frango frita. A cozinheira transformou um frango em coxinhas

HISTÓRIA

Oficialmente a história da cidade de Limeira registra duas visitas do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina a Limeira. Essas visitas formais teriam ocorrido uma em agosto de 1876, e outra, a mais demorada, em outubro de 1886, quando, após participarem da Missa da Matriz e recepção domiciliar por parte de cidadãos ilustres, foram hóspedes na Fazenda Morro Azul. No entanto, contam os antigos que na informalidade era intenso o intercâmbio de habitantes desta região com a nobreza imperial. Existe, inclusive, um curioso relato, de difícil confirmação histórica, que na Fazenda Morro Azul vivia um menino, filho da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, mantido longe da corte porque seria considerado deficiente mental. Essa criança exigia intensos cuidados na alimentação “Quando cismava em não comer” explicavam os antigos moradores “dava um trabalho danado! Por outro lado, se apreciava um alimento, não havia o que chegasse! Queria mais e mais! As coxas de galinha constituíam a sua predileção. O peito, as asas e os demais pedaços eram rejeitados e servidos as outras pessoas”. A cozinheira da fazenda, certa vez, não tendo o número suficiente de frangos “no ponto” e prevendo a gritaria do menino pela falta de sua apreciada comida, resolveu transformar uma galinha inteira em coxas. Preparou a seu modo a receita e o sucesso foi total. O filho da Princesa gostou tanto que as “coxinhas de galinha” passaram a fazer parte de suas refeições. A Imperatriz, quando veio a Limeira quis saber tudo sobre seu neto e ao observar com que prazer o pequenino saboreava a iguaria, não resistiu – provou, gostou e solicitou que o modo de preparo fosse fornecido ao Mestre da cozinha imperial. Assim, a humilde coxinha de galinha teve seu tempo de nobreza pelo acesso à Corte, e Altos Salões, graças a esta receita “provada e aprovada por especial indicação de Sua Majestade Imperial, a Imperatriz Tereza Cristina”.

 

INGREDIENTES

1k de peito de frango

1 L de água

¼ maço de salsinha inteira amarrado

1 colher (sobremesa) rasa de sal

1kg de batatas descascadas

2 colheres (sopa) de óleo

1 cebola média descascada e picada

2 dentes de alho espremidos

3 tomates sem pele e sementes picados

1 colher (sopa) salsinha bem picadinha

1 colher (sopa) cebolinha bem picadinha

1 colher (sopa) margarina (50g)

½ k de farinha de trigo

3 ovos

1 kg de farinha de rosca ( de preferência torrar o pão e peneirar em casa)

MODO DE PREPARO

Cozinhar o peito de frango na água com a batata, a salsinha em maço e o sal. Depois de cozido, desfiar o frango. Em uma caçarola refogar no óleo: a cebola, o alho e o tomate, acrescentar o frango desfiado, acertar o sal. Quando estiver bem refogado, acrescentar a cebolinha e a salsinha picadinhas, tampar e reservar.

Retirar as batatas, espremê-las e reservar. Coar o caldo e acrescentar a margarina e a farinha de trigo. Misturar bem e levar ao fogo mexendo bem e cozinhar até a massa despregar do fundo da panela. Despejar em um recipiente grande e acrescentar as batatas espremidas e amassar até formar uma massa bem lisa.

Enrolar as coxinhas em formato de gota recheando-as com o frango refogado boleando a massa com as mãos sem deixar que fique ar dentro.

Bater os ovos bem batidos com uma pitada de sal, utilizando um prato grande. Num outro recipiente colocar a farinha de rosca e reservar.

Passar as coxinhas no ovo, na farinha voltar no ovo e depois novamente na farinha. Com as mãos, retirar o excesso de farinha em movimentos de bolear (enrolando).

Resfriá-las bem (atualmente utilizamos o refrigerador) e depois fritá-las em gordura bem quente até que dourem. Servir.

Vó Deolinda Rezende

Receita repassada por: Maria Rezende

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