Comédia dramática analisa com humor negro os conflitos pessoais de quatro ‘‘quarentões’’. A influência do tempo sobre a amizade, sobre a imagem que o homem tem da mulher e a crise da masculinidade são os pontos centrais da peça.
Traduzida em vários idiomas e montada em vários países, a peça Cloaca reestreia no Teatro Imprensa dia 16 de abril, sexta-feira, às 21h30. Escrita em 2002 pela holandesa Maria Goos, é um retrato corrosivo e de humor cortante sobre a amizade e o universo masculino. Produzido pelo Grupo Tapa e dirigido por Eduardo Tolentino de Araújo, o espetáculo traz no elenco Dalton Vigh, André Garolli, Brian Penido Ross e Tony Giusti.
Os quatro rapazes interpretam velhos e bons amigos que, em plena meia idade, reunidos no apartamento de um deles fazem um balanço de suas vidas, que oscilam entre esperanças e desilusões. Tom (Vigh) sofre devido ao vício em entorpecentes; Jan (Garolli) se separou recentemente da mulher e aspira a um cargo político de maior prestígio; Maarten (Ross) é um frustrado diretor de teatro e Pieter (Giusti) passa maus bocados no trabalho. A palavra-título da peça, que remete a um código interno do grupo nos tempos de faculdade, é agora usada como um tipo de saudação pelos quarentões.
A comédia dramática baseia sua trama nos conflitos pessoais e nos dramas do cotidiano de cada um, o que acaba por atrelar os quatro amigos entre si. Cloaca traz um tipo de identificação com seus personagens que ultrapassa fronteiras e reflete as relações no mundo contemporâneo; é uma análise de humor negro sobre amizade e aspirações, explorando como os homens comprometem sua vida emocional diante da constante busca por dinheiro, poder e prestígio. A ação do tempo sobre a amizade, sobre a imagem que o homem tem da mulher e a crise da masculinidade são os pontos centrais enfocados pelo olhar feminino e distanciado da autora.
Sobre o Grupo Tapa
O Grupo Tapa há mais de 29 anos realiza constante pesquisa de linguagem e apresentação de seu repertório. O Tapa se caracteriza por montagens de autores consagrados, onde o aprofundamento do estudo abrange sempre a pesquisa de figurinos, elementos de cena, cenários e comportamento da época estudada; além da preocupação em manter a fidelidade ao autor e especificamente ao estilo de interpretação sugerido pelo texto. Autores como J. B. Priestley (O Tempo e os Conways – 1985-86), Maquiavel (A Mandrágora – 1988 e 2004), Ibsen (Solness, o Construtor – 1988), Molière, (O Senhor do Porqueiral – 1989), Shakespeare (A Megera Domada – 1991), Tchecov (Ivanov – 1998), Bernard Shaw (Major Bárbara – 2001) e Oscar Wilde (A Importância de ser Fiel – 2002) foram desafios para o grupo. Entre os anos de 1992 e 1998 o grupo realizou mais de 14 montagens de autores nacionais inéditos e coleciona oitenta prêmios como APETESP, SHELL, APCA, Mambebe, Moliére, entre outros.
Ficha técinca:
Texto: Maria Goos | Tradução: Fernando Paz. | Direção: Eduardo Tolentino de Araújo.
Elenco: Dalton Vigh, André Garolli, Brian Penido Ross e Tony Giusti.
Local: Teatro Imprensa (452 lugares) Fone – 11 3241- 4203.
Endereço: Rua Jaceguai, 400 – Bela Vista – Bilheteria 2189 2555
Horário(s): sextas às 21h30, sábados às 21h e domingos às 19h
Data(s): 16 de abril a 13 de junho de 2010
Preço(s): R$ 40,00 (inteira) – R$ 2000 (meia)
Bilheteria: terça a domingo a partir das 14h
Classificação: 14 anos
Duração: 120 minutos
Acessibilidade para pessoas com necessidades especiais
Ingressos no site www.ticketsforfun.com.br
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