Como diz Rachel de Queiroz em seu “A Arte de Ser Avo” – Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo.
Chegou Bianca. Clara como a luz do sol. E seu nascimento representa o princípio de todo – é o milagre do presente e a esperança do futuro e uma compreensão do passado.
Há uns que morrem antes; outros depois. Há aqueles que não morrem nunca. O tempo passa, ciclos se fecham uns vão e outros vem. No meio da vida acontece que a morte surge assim como surgiu para o mestre Inami Custódio Pinto. E justamente o Mestre ensinou que o folclore, sua preocupação maior durante toda sua vida, é a maneira de agir, pensar e sentir de um povo com as qualidades ou atributos que lhe são inerentes, seja qual for o lugar onde se situa o tempo e a cultura. Não é apenas o passado, a tradição; ele é vivo e está ligado à nossa vida de um jeito muito forte. Então na verdade não é ponto final é parte de uma historia que tem sequencia. É vida que segue e palpita. E assim a vida continua, ganhando, perdendo, sorrindo e chorando. Construímos nossa história e se a vida continua, nós também temos que continuar ate por que, somos a parte de um todo. E a história continua com a chegada de BIANCA.
Acaba de nascer Bianca Pinto Telles, filha de Vitor Politzer Telles e Inara Stockler Pinto Telles e neta de José Dirceu Telles, Ana Maria Telles avós paternos e Inami Custodio Pinto de saudosa memória e Lea Pinto avós maternos; Uma luz de novos planos e de novos momentos. Essa luz que vem cheia de encantos, cheio de magias, cheia de vida. O milagre de um nascimento é um tesouro único para mãe, pai e avós.
Cláudio Ribeiro
Jornalista – Compositor
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